Existe uma diferença muito grande entre o que aprendemos de forma religiosa, segundo o pensamento natural, do que seja a vontade de Deus e do que Ele fez em nosso favor. Se não compreendermos a graça, se não entendermos a obra de Cristo na cruz e o que recebemos Dele, não viveremos segundo a Sua vontade, não revelaremos o reino, não andaremos por fé, mas tentaremos viver o evangelho segundo uma perspectiva natural que é oposta à vontade de Deus.

Na carta aos Hebreus, no capítulo dois, do versículo um ao quatro, o autor discute a questão de desprezarmos tão grande salvação, como podemos ler: “Por isso devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas.  Não há dúvida de que a mensagem que foi dada por meio dos anjos é verdadeira; e aqueles que não a seguiram nem foram obedientes a ela receberam o castigo que mereciam.  Sendo assim, como é que nós escaparemos do castigo se desprezarmos uma salvação tão grande? Primeiro, o próprio Senhor Jesus anunciou essa salvação; e depois aqueles que a ouviram nos provaram que ela é verdadeira.  Ao mesmo tempo, por meio de sinais de poder, maravilhas e muitos tipos de milagres, Deus confirmou o testemunho deles. E, de acordo com a sua vontade, distribuiu também os dons do Espírito Santo. ” (Hebreus 2:1-4, NTLHE).

A salvação é pela graça de Deus, é um presente Dele, não depende de nossas obras, do que possamos fazer, mas é um presente que recebemos por meio da fé em Cristo Jesus, como está na carta aos Efésios, convictos que Ele nos libertou do domínio do pecado, nos livrou das correntes que nos prende à natureza humana, e nos capacitou para vivermos neste mundo como filhos de Deus, revelando as Suas virtudes, fazendo as Suas obras para que Ele seja glorificado por meio das nossas vidas.

Não podemos deixar de viver pela fé, pois é através dela que revelamos confiança em Deus, que confirmamos as promessas e principalmente, que andamos neste mundo segundo a Sua vontade, revelando o reino entre os homens, pois andamos de modo digno da vocação a que fomos chamados.

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