A religiosidade, as regras, os procedimentos e imposições que criamos talvez seja o maior mal que está arraigado em nós e que temos que lutar contra ele o tempo todo. Nos tornamos religiosos, estabelecemos padrão de santidade externo, mas não compreendemos o que significa a verdadeira justiça, amor e compaixão.
Jesus, que foi jantar com um fariseu, discute a questão do lavar as mãos. Isto está em Lucas no capítulo onze, do versículo trinta e oito ao quarenta e dois: “O fariseu ficou admirado quando viu que Jesus não tinha se lavado antes de comer. Então o Senhor disse a ele: — Vocês, fariseus, lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de violência e de maldade. Seus tolos! Quem fez o lado de fora não é o mesmo que fez o lado de dentro? Portanto, deem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês. — Ai de vocês, fariseus! Pois dão para Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da arruda e de todas as verduras, mas não são justos com os outros e não amam a Deus. E são exatamente essas coisas que vocês devem fazer sem deixar de lado as outras.” (Lucas 11:38-42, NTLHE).
Será que compreendemos algo tão simples? Será que entendemos que não se trata de culto, de reunião, de oração, de regras, mas de compreendermos a natureza do Pai, de entendermos a Sua justiça e, tendo nós abundância, repartirmos com quem precisa?
Precisamos entender a essência do evangelho e compreendermos que não se trata de aparência, mas de vivermos segundo a vontade de Deus, tendo a transformação de entendimento e manifestarmos a verdadeira compaixão aos homens, nos movendo em favor das pessoas e nos oferecendo, abrindo mão do nosso pensamento e desejo (como da busca de nossos interesses), para que conheçam o verdadeiro Deus.