Nós não entendemos o reino de Deus e nem a Sua vontade para a nossa vida e queremos na maioria das vezes que as pessoas sejam como nós, façam as mesmas coisas, vistam como a gente, andem como nós e falem da mesma maneira. Nós não entendemos as coisas espirituais e queremos impor às pessoas a nossa religiosidade, esquecendo que não vivemos de aparência, mas baseados no princípio da transformação de entendimento e que a diversidade é a forma de Deus alcançar os diferentes. Mas o fundamental é que confessamos o fato de que se não for deste jeito, não está salvo.
Isto é novidade? Não! Desde o início da igreja vemos atitudes como essas, pois os fariseus que haviam se convertido queriam que os gentios guardassem a lei e fossem circuncidados, como podemos ler em Atos no capítulo quinze, versículo um: “Alguns homens foram da região da Judeia para a cidade de Antioquia e começaram a ensinar aos irmãos que eles não poderiam ser salvos se não fossem circuncidados, como manda a Lei de Moisés.” (Atos 15:1, NTLH), mas também, este era o posicionamento de muitos em Jerusalém, como podemos ler no versículo cinco: “Mas alguns membros do partido dos fariseus que também haviam crido se levantaram e disseram: — Os não judeus têm de ser circuncidados e têm de obedecer à Lei de Moisés.” (Atos 15:5, NTLH).
É interessante, que o apóstolo Pedro, se levanta e emite a sua opinião e Tiago depois a referenda. O posicionamento de Pedro podemos ler do versículo nove ao onze: “Deus não fez nenhuma diferença entre nós e eles; ele perdoou os pecados deles porque eles creram. Então por que é que vocês estão querendo pôr Deus à prova, colocando uma carga nas costas dos que agora estão crendo? E essa carga nem nós nem os nossos antepassados pudemos carregar. Pelo contrário, por meio da graça do Senhor Jesus, nós, judeus, cremos e somos salvos do mesmo modo que os não judeus.” (Atos 15:9-11, NTLH).
Precisamos parar e julgar o que temos feito e o que temos exigido das pessoas. Se o que temos pedido é aparência, regras segundo a nossa convenção, defesa de nossos interesses e que não tem nada a ver com a realidade espiritual a que fomos inseridos, precisamos rever o nosso posicionamento e compreender que não é assim que nosso Deus estabeleceu.
Fomos chamados para sermos filhos de Deus, para termos o nosso entendimento transformado e vivermos neste mundo segundo a Sua vontade, revelando as Suas virtudes e o fruto do Espírito, pois é através do ato de vivermos segundo a Sua natureza que O revelamos ao mundo e mostramos a verdadeira transformação operada em nossa vida e no nosso entendimento. Viver segundo o nosso chamado é sermos imitadores de Cristo e precisamos entender que fomos capacitados para isso. Viver a realidade espiritual nada tem a ver com aparência e regras que regem o nosso comportamento se não houve mudança de entendimento.
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