Enquanto não compreendermos quem somos em Deus, a salvação recebida, a reconciliação com o Pai e o nosso papel neste mundo, estaremos sempre buscando a nossa salvação e incitando os outros a buscarem a sua própria. Esta atitude nos conduz para longe do propósito de Deus.
Depois de crucificado, antes de entregar o Seu espírito em favor dos homens, as pessoas que por ali passavam caçoavam de Jesus e o incitavam a salvar a si mesmo, como podemos ler em Marcos, no capítulo quinze, versículos vinte e nove e trinta: “Os que passavam por ali caçoavam dele, balançavam a cabeça e o insultavam assim: — Ei, você que disse que era capaz de destruir o Templo e tornar a construí-lo em três dias! Pois desça da cruz e salve-se a si mesmo!” (Marcos 15:29-30, NTLHE).
O que significa buscar a própria salvação? E qual o nosso papel neste mundo como filhos de Deus? Assim como Cristo, não estamos aqui tendo sido alcançados pela graça de Deus, para buscar a nossa própria salvação, para salvarmos a nós mesmos, mas, para levarmos aos homens a Sua salvação em detrimento dos nossos interesses.
Buscamos a nossa salvação quando voltamos para os nossos interesses, para satisfação de nossa necessidade, não amadurecemos e queremos que os nossos desejos sejam atendidos. Tudo deve e tem que girar em torno de nossa vontade e não nos oferecemos como uma oferta, como um sacrifício, em favor dos outros para que sejam salvos, assim como fez o Senhor em nosso favor. Temos que entender que somos reconciliadores dos homens com Deus.
Não é salvando a nós mesmos, buscando a nossa salvação que viveremos o reino de Deus e nem andaremos na Sua vontade, como não viveremos de modo digno do evangelho. Viver o reino, o evangelho, implica em fazermos da nossa vida uma oferta em favor das pessoas, assim como fez o Senhor, para que todos, em todos os lugares, onde estivermos possam ver a luz, conhecerem a Deus e a Ele se submeterem, assim como nós que temos que nos submeter à Sua vontade, como fez o nosso Senhor Jesus.
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