Precisamos compreender que assim como no casamento,  onde de dois se forma um só, onde o foco deixa de ser o individuo e passa a ser a relação, o revelar de um novo ser, um casal, também é na igreja do Senhor. Agora não mais um individuo e nem um grupo de pessoas juntas, mas uma família, a família de Deus, que tem por objetivo viver e revela-Lo por meio dos relacionamentos que desenvolvem, revelando-O através das interações entre os membros deste corpo. Cada um não vive para si mesmo, mas em favor da relação, do crescimento e do amadurecimento uns dos outros. Assim como no casamento, cada um não busca o próprio interesse, mas o do outro.

Jesus discutindo sobre o casamento, fala sobre este aspecto com os fariseus. Isto está no evangelho de Mateus, no capítulo dezenove, do versículo três ao cinco, onde podemos ler: ” Alguns fariseus chegaram perto dele e, querendo conseguir alguma prova contra ele, perguntaram: — Será que pela nossa Lei um homem pode, por qualquer motivo, mandar a sua esposa embora?  Jesus respondeu: — Por acaso vocês não leram o trecho das Escrituras que diz: “No começo o Criador os fez homem e mulher”?  E Deus disse: “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.”” (Mateus 19:3-5, NTLHE). E ele conclui no versículo seis:  ” Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.” (Mateus 19:6, NTLHE).

Assim como no casamento não é a soma das metades, não é a soma de um mais um, não são dois querendo buscar no outro o suprir das suas expectativas, não é o usar do outro em benefício próprio, mas sim de dois, formar um só, onde o foco deixa de ser o indivíduo para o revelar de uma só pessoa para cumprir um propósito, onde cada um vive em favor da relação, na busca do interesse do outro, vive em função do outro, conhecendo e desenvolvendo a relação, assim também é na igreja.

Como o casamento, na igreja, no corpo de Cristo, temos que compreender que não vivemos para nós, mas uns pelos outros, uns pelo crescimento dos outros. Não se trata do que podemos tirar, extrair, sugar ou usar do outro para atender e suprir os nossos interesses e expectativas, mas, o que podemos oferecer para o outro no sentido de ajuda-lo a cumprir e revelar o Deus que cada um de nós afirmamos conhecer. Viver igreja, como um casamento, é uma oferta que fazemos de nossa vida em favor do outro, para que todos possam, em harmonia, cumprir o propósito de Deus.

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