O que devemos fazer?

A pergunta que muitos fazem é sobre o que fazer para viver da maneira que agrade a Deus e que muitas vezes o que queremos é que sejam ditas as regras para serem obedecidas para vivermos o reino de Deus e assim estarmos livres da culpa. Mas o reino de Deus não se trata do que fazemos ou não, mas de compreendermos a motivação pelas quais devemos fazer as coisas.

João Batista pregando no deserto, responde a esta pergunta a algumas pessoas, como está em Lucas no capítulo três, do versículo dez ao quatorze, como podemos ler: ” Então o povo perguntava: — O que devemos fazer?  Ele respondia: — Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma, e quem tiver comida reparta com quem não tem.  Alguns cobradores de impostos também chegaram para serem batizados e perguntaram a João: — Mestre, o que devemos fazer?  — Não cobrem mais do que a lei manda! — respondeu João.  Alguns soldados também perguntavam: — E nós, o que devemos fazer? E João respondia: — Não tomem dinheiro de ninguém, nem pela força nem por meio de acusações falsas. E se contentem com o salário que recebem.” (Lucas 3:10-14, NTLHE).

O que podemos observar é que não se trata do quê, mas, da motivação com que fazemos as coisas. Jesus falou que a nossa boca fala do que está cheio o coração e nossas ações também, traduzem o que está em nosso coração. Tudo o que fazemos sempre tem uma motivação por trás, uma razão de ser, por isso, não se trata do que fazer, mas do o porquê estamos fazendo.

Nas palavras de João, o que podemos observar que o fundamento que rege as ações deve ser o amor, pois quando amamos, não somos egoístas, não retemos e não buscamos os nossos interesses, mas sempre procuramos exercer a justiça de Deus no repartir com quem precisa, pois o que temos, não é para nós, mas para revelarmos o amor de Deus na nossa fartura com quem não tem nada. Não devemos nos mover pela ganância, de querer tirar dos outros o que não é nosso e nem é justo. Este é o caso de cobrar mais imposto do que o devido (para reter parte) ou o usar do nosso poder de influência para melhorar a nossa situação que é o caso dos soldados.

Temos que entender que tudo o que fazemos deve revelar amor para o próximo e não pode ser feito para um e para outro não, porque para alguns temos a possibilidade de obter algo em troca. Quando fazemos para um e não para outro, isto também não é amor, mas sim o usar do outro em benefício próprio.

Revelamos o reino de Deus por meio das nossas ações quando praticamos a justiça de Deus, repartindo com todos, na nossa abundância a medida que têm necessidade, sem pensarmos na possibilidade de qualquer retorno ou benefício para nós. Isto significa andar de modo digno do chamado.

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