Talvez não tenhamos a consciência do testemunho que devemos dar às pessoas frente a nossa realidade e as limitações ou mesmo provações que padecemos. Não é porque temos ou não, não é porque as coisas estão tranquilas ou instáveis que devemos alterar a nossa forma de agir, precisamos aprender a enxergar quem somos, a obra de Deus, nossa identidade, para agirmos segundo o que Ele afirmou e não pelas nossas expectativas.

Zacarias e sua esposa, Isabel, mesmo não podendo ter filhos, não ficavam a lamentar e muito menos não davam testemunho de serem revoltados quanto a sua situação diante de Deus, muito ao contrário, eram pessoas que demonstravam o conhecimento Dele e da Sua vontade.

Podemos ler o que Lucas escreveu no seu evangelho, no capítulo um, nos versículos seis e sete: “Esse casal vivia a vida que para Deus é correta, obedecendo fielmente a todas as leis e mandamentos do Senhor.  Mas não tinham filhos porque Isabel não podia ter filhos e porque os dois já eram muito velhos.” (Lucas 1:6-7, NTLHE).

Mas e nós? Tendo o conhecimento da graça, da salvação por meio de Cristo Jesus, da obra de Deus em nosso favor, como temos agido e reagido diante das situações que somos colocados? Como ignorantes e revoltados? Como meninos cheios de capricho que acham que Deus existe para atender todos os desejos?

Temos e precisamos aprender que Deus não existe para resolver e fazer tudo conforme o que achamos ou pensamos, mas, sendo Ele Senhor sobre todas as coisas, tudo que permite em nossa vida, devemos entender como sendo da Sua vontade e que nestas situações devemos manifestar, testemunhar e revelar Aquele que afirmamos conhecer e amar.

O verdadeiro amor está no fato não de fazermos as coisas porque temos tudo o que queremos, mas, por entendermos quem somos, por sabermos que precisamos viver uma vida segundo o nosso chamado, fazemos da nossa vida uma verdadeira oferta em favor das pessoas, testemunhando em toda e qualquer situação da graça e do amor de Deus em nosso favor.

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