Precisamos compreender do que devemos ser salvos, pois salvação quer dizer livramento, tirar-nos de uma situação e colocar em outra e que implica em ser livre de algo. Mas, do que estamos sendo salvos? Quem é o autor da salvação? São estes pontos importantes que precisamos refletir.

Em atos, no capítulo quatro, nos versículos onze e doze, Pedro fala com relação a rejeitarmos o autor da salvação, a pedra mais importante que os construtores rejeitaram, como podemos ler: “Jesus é aquele de quem as Escrituras Sagradas dizem: “A pedra que vocês, os construtores, rejeitaram veio a ser a mais importante de todas.”.  A salvação só pode ser conseguida por meio dele. Pois não há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos, por meio do qual possamos ser salvos.” (Atos 4:11-12, NTLH).

Precisamos fazer diferença entre religião, o seu propósito e o que seja a vontade de Deus. Ele enviou Seu filho amado para nos salvar, resgatar, comprar-nos para Si mesmo e nos livrar da condenação que estamos prescritos. Somos salvos e chamados para viver o reino de Deus, andarmos conforme a Sua vontade.

Agora, religiosamente, pensamos em nos salvar das situações, dos problemas, em nos livrar das enrascadas e problemas que estamos. Queremos sempre salvar a nós mesmos ou que Deus nos livre e nos salve das situações a que estamos inseridos. Não estamos preocupados com o outro, com a sua situação e se será salvo ou não, desde que nós sejamos.

Precisamos olhar a salvação na perspectiva de Deus. Ele, em seu propósito, e em todo ensinamento de Jesus, podemos observar que o Criador deseja nos salvar de nós mesmos, para que possamos viver segundo a Sua natureza. Assim como Cristo que se ofereceu em nosso favor, esvaziando-Se de si mesmo, dando-nos o exemplo, devemos e precisamos nos esvaziar de nós mesmos, oferecendo a nossa vida em favor da relação, da família que Deus planejou construir. Ele, Cristo, a pedra principal do processo de Deus, através de Sua obra na cruz, compra-nos para o Pai, resgata-nos da escravidão, do domínio do pecado que nos cega, para vivermos na Sua família para oferecermos as nossas vidas em favor daqueles que ainda não compreenderam e nem entenderam a Sua salvação.

Não vivemos neste mundo para salvar a nós mesmos e nem pedir a Deus que nos salve das enrascadas que muitas vezes estamos, mas, para que onde estivermos, como estivermos, entendamos que devemos nos oferecer para que outros possam conhecer a Deus, precisamos ser luz neste mundo, ter o mesmo sentimento de Cristo, esvaziar-nos de nós mesmos e do desejo de nos salvar e nos oferecermos em favor das vidas que precisam alcançar e compreender a vontade de Deus. Ele, Cristo, nos salva para que possamos oferecer a nossa vida para salvar a muitos.

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