O que fazer quando…?

Paulo escrevendo aos gálatas, afirma: “Meus irmãos, vocês são como Isaque; são filhos de Deus por causa da promessa divina.” (Gálatas 4:28, NTLH). Tendo a consciência que somos filhos, e tendo a consciência da liberdade que recebemos, como Paulo afirma: “Porém vocês, irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não deixem que essa liberdade se torne uma desculpa para permitir que a natureza humana domine vocês. Pelo contrário, que o amor faça com que vocês sirvam uns aos outros.” (Gálatas 5:13, NTLH). Paulo também afirma: “Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana. Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana quer. Os dois são inimigos, e por isso vocês não podem fazer o que vocês querem. Porém, se é o Espírito de Deus que guia vocês, então vocês não estão debaixo da lei.” (Gálatas 5:16-18, NTLH).

Na cruz com Cristo, temos a total libertação, somos feitos livres do domínio do pecado, do domínio da natureza humana. Não precisamos mais nos submeter aos seus desejos e caprichos, após compreendermos a vontade de Deus. Devemos deixar a nossa vida ser conduzida pelo Espírito, debaixo da lei do amor e não mais segundo os nossos desejos e vontade.

A consciência da libertação, a compreensão que somos miseráveis, que somos salvos pela graça de Deus por meio da fé em Jesus Cristo, compreendendo que com Ele morremos na cruz, que em nós e por nós não podemos fazer nada de bom que possa agradar a Deus; então, iniciamos a jornada de amadurecimento, de crescimento, de conhecimento do Senhor Jesus, e o sermos semelhantes a Ele. Quando rejeitamos a natureza humana, e podemos, por causa da graça que nos capacita, que nos educa, para rejeitarmos tudo que provêm do pensamento deste mundo, experimentaremos o andar no Espírito, e o revelar as virtudes de Deus por meio de nossos membros.

Precisamos compreender que não se trata da origem, do motivo de cometermos o pecado (andarmos segundo a vontade da carne), mas, de compreendermos que vivemos segundo o pensamento humano, conforme os desejos da natureza humana; estamos desorando a Deus, não glorificamos o Seu nome, e não expressamos pelas nossas ações o que de fato somos, não revelamos a nossa vocação e nem o chamado que temos. Muito menos desempenharemos a função que temos no corpo de Cristo (Sua igreja), conforme é do Seu querer.

O que devemos fazer diante dos desejos da carne e pensamento humano? Rejeitar, terminantemente rejeitar por causa de Deus, por causa do amor que recebemos do Pai e que foi derramado abundantemente em nossa vida pelo Espírito. Precisamos entender que não somos filhos para revelar a natureza humana, mas a divina. Não somos seres naturais, mas sim, espirituais, criados em Deus, vivemos em Cristo, para revelar tudo que o nosso Deus é, para fazermos a Sua vontade cumprida neste mundo e manifestarmos a Sua glória e para que os nossos atos, revelem a vida de Deus, agora se fizermos o contrário, a quem glorificamos? A quem exaltamos? Não se trata de obrigação, muito menos imposição, mas a revelação natural de quem somos.

Ser filho de Deus implica em revelar as obras segundo o caráter de nosso Pai, de fazer as mesmas coisas, de sermos Seus imitadores como filhos amados. Não é uma opção, mas condição natural.