Nossos dias são poucos para escolha equivocada

Precisamos refletir sobre os anos de nossas vidas e o quão pouco são diante da eternidade. Perdemos tempo com coisas transitórias que não farão diferença entre o deixar ou não neste mundo. Precisamos refletir sobre a eternidade na perspectiva de Deus e não no que pensamos e achamos.

No livro de salmos, capítulo trinta e nove, do verso quatro ao seis, podemos ver o que o salmista fala sobre os nossos dias: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada.  Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade.  Com efeito, passa o homem como uma sombra;  em vão se inquieta;  amontoa tesouros e não sabe quem os levará. ” (Salmos 39:4-6, BEARA).

O nosso tempo de vida não é nada diante da eternidade, se chegarmos a oitenta, noventa anos. Mas, o que é isso comparado com mil anos, ou mesmo um milhão de anos? Por isso, precisamos refletir não só sobre o que a bíblia fala sobre a salvação da alma e a eternidade, como devemos refletir sobre a maneira que queremos conhecer a Deus, ou se de fato os nossos atos nos tem conduzido a um conhecimento do Criador ou simplesmente a uma religiosidade que em nada revela a Sua natureza.

Paulo escreve sobre a questão dos judeus quanto a querer viver o reino de Deus na perspectiva de suas próprias obras para alcançar a justificação (salvação da alma), como podemos ler na carta aos Romanos, no capítulo nove, do verso trinta ao trinta e dois: “Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé;  e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei.  Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras.  Tropeçaram na pedra de tropeço,” (Romanos 9:30-32, BEARA). E não se trata de zelo, de empenho em querer fazer as coisas, pois os mesmos eram zelosos, como podemos ler o testemunho de Paulo nos versos dois e quatro do capítulo dez: “Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento.  Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.  Porque o fim da lei é Cristo,  para justiça de todo aquele que crê. ” (Romanos 10:2-4, BEARA).

Viver o reino de Deus, alcançar a reconciliação da alma com o Criador, obtermos da Sua vida eterna, fazermos parte da Sua família não está vinculado a fazermos qualquer tipo de obra para alcançarmos a reconciliação, mas, é decorrente de crermos que Cristo morreu na cruz para nos salvar e que foi revivificado pelo poder de Deus para que nós, com ele, alcancemos a salvação, a reconciliação, e assim, por meio do Seu sangue, possamos estar na presença de Deus.

Mas como viver isso? Pela fé, pelo que ouvimos da palavra de Cristo, pois ao ouvirmos a Sua palavra, e ao passarmos por experiências de uma vida cristã submissa à vontade de Deus, então aprenderemos a confiar Nele, e a nossa fé será fortificada, pois a fé vem pelo ouvir da palavra, como Paulo mencionou no verso dezessete do capítulo dez da carta aos Romanos: ” E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.” (Romanos 10:17, BEARA) .

Conhecer a palavra é fundamental para nos fortalecermos na fé, pois ela é decorrente do conhecimento que temos das promessas. E ao conhecermos esta palavra, no momento da tribulação, das lutas seremos lembrados pelo Espirito Santo que em nós faz morada, para perseverarmos no caminho e rumo à semelhança de Jesus, para que em todo o tempo e todo lugar, mediante as obras e nossas palavras, revelemos Cristo ao mundo, vivendo assim de modo digno do evangelho de nosso Deus.

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