Plenitude de vida

Ansiamos pela plenitude de vida, pela satisfação, buscamos a razão do viver e queremos nos sentir plenos, mas como alcançar? Este é o aspecto que Jesus responde, pois Ele afirma que veio para que tenhamos vida plena, em abundância. Mas precisamos avaliar os fundamentos que norteiam a nossa vida e se os mesmos nos permitem alcançar este sonho tão desejado por nós.

Em João no capítulo dez, versículo dez, Ele fala sobre a razão da sua vinda, como podemos ler: “O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente.” (João 10:10, NVI).

Agora, como alcançar a plenitude de vida? Como obter e transformar esta promessa em algo real para nós? Como materializar tal promessa em meio a lutas, problemas, dificuldades?

Só podemos fazer isso quando compreendermos quem somos, o fundamento que estamos firmados, o novo coração recebido, isto é o caráter e a natureza de Deus que nos foi concedido e como devemos viver neste mundo, lembrando qual foi a obra de Cristo na cruz em nosso favor.

Jesus veio para que tivéssemos vida abundante, mas para sermos participantes desta vida, temos que morrer com Ele, por isso, Ele disse que quem desejasse ser Seu discípulo deveria negar a si mesmo. Negar a nós mesmos implica em reconhecermos que na cruz morremos para nós, nossa vontade, nossas expectativas e nossos desejos quanto aos valores transitórios deste mundo. Morrer para nós implica em reconhecermos que tudo que buscamos, sonhamos e ansiamos, não é o fim do nosso objetivo, mas o meio para realizar o propósito de Deus. Morremos para as expectativas que temos ou para as que colocamos nas pessoas, pois sabemos quem somos e reconhecemos que naturalmente não podemos oferecer nada a ninguém e nem esperar nada de ninguém.

Recebemos da vida de Deus, por isso, Jesus falou que deveríamos segui-Lo, sermos Seus imitadores, sermos imitadores de Deus, como filhos amados. Para sermos imitadores, temos que fazer as mesmas obras de Deus, fazer as mesmas coisas, termos a mesma atitude. Em tudo que Deus se revela, Ele demonstra a nós, que não está buscando egoisticamente os próprios interesses, mas sim, o bem e o melhor para todos. O nosso Deus não pensa em si mesmo, mas, no cumprir da justiça para todos. Precisamos entender justiça no sentido de repartir do que temos com o outro. Jesus deu o exemplo, pois ele nos dá da Sua vida, nos concede da Sua paz, mas para alcançarmos precisamos nos esvaziar de nós mesmos, morrermos para nós mesmos, e tudo que recebermos, precisamos enxergar não para nós, mas para os outros, para repartirmos, para darmos, para abençoarmos.

Esta atitude está no que Paulo escreveu aos Romanos, transformarmo-nos pela renovação da mente, para então experimentarmos o melhor que Deus tem para nós, por isso, precisamos oferecer os nossos membros como uma oferta a Deus para vivermos Sua boa, perfeita e agradável vontade. Temos que compreender que é no oferecer em favor dos outros, sem a expectativa de retorno que encontramos a verdadeira vida, pois já recebemos tudo que precisamos para viver uma vida plena, e o que temos que fazer é oferecer, dar a todos os que nos cercam para que cresçam, amadureçam e experimentem o melhor de Deus.

Somente teremos vida abundante quando compreendermos esta essência da maneira de viver que Deus deseja que aprendamos como Seus filhos, caso contrário, continuaremos a correr atrás do que é temporário, de objetivos que não nos permitirão gozar a plenitude de vida que Ele preparou para nós.

https://soundcloud.com/sdt_vigilato/plenitude-de-vida