Paulo escrevendo aos Colossenses afirma: “Sejam sábios na sua maneira de agir com os que não creem e aproveitem bem o tempo que passarem com eles. Que as suas conversas sejam sempre agradáveis e de bom gosto, e que vocês saibam também como responder a cada pessoa!” (Colossenses 4:5-6, NTLH).
Temos que refletir o quão sábios temos sido, o quão agradáveis nossas conversas tem sido com os que não compartilham da nossa fé. pois dependendo do que estamos fazendo ou falando, temos mais afastado as pessoas do evangelho do que aproximado.
Se somos daqueles chatos que já chegam criticando, falando mal das atitudes, dos “pecados” dos outros como se fôssemos a perfeição em pessoa, podemos ter a convicção que nossas conversas não são nada agradáveis e não tem nada de bom gosto.
Qual a premissa que devemos adotar? Primeiro, precisamos compreender o nosso propósito de vida e qual a nossa função no mundo. Se tivermos o entendimento claro, então podemos rever o que estamos fazendo e a forma como estamos fazendo.
Não é o nosso propósito proclamar as virtudes de Deus? Proclamá-las está relacionado em agirmos como Deus e falarmos Quem é Ele, não? Por isso, precisamos avaliar quais são as virtudes que Deus revela, pois elas falam de quem Ele é e assim, devemos, como filhos amados sermos Seus imitadores, por isso devemos praticar: graça, misericórdia, bondade, paciência, longanimidade, compaixão. Quando olhamos sob esta perpectiva, estamos fazendo a mesma coisa que Deus?
E o que falamos? Falamos do amor, da graça, da misericórdia, da bondade? Ou combatemos as crenças, valores das pessoas? Estamos entendendo o tipo de conversa que temos que conduzir?
Por isso, não se trata de condenar, de apontar os defeitos, mas, falar de justiça, ajudar, ser amparo, acolher, mas mais que isto, falar do que tem feito nesta área, pois as pessoas sempre tem, pelo menos na maioria, o desejo de ajudar, de fazer boas obras. Temos que trazer as pessoas para o nosso mundo, para que possam ver como vivemos, o que fazemos, exceto se não estamos fazendo nada disso (por isso, precisamos, antes de mais nada, refletir se a nossa vida está alinhada com as virtudes de Deus).
Agora, compreendendo o nosso propósito, e entendendo que a nossa função é sermos embaixadores do reino, reconciliadores dos homens com Deus, devemos, então, agir no intuíto de trazer as pessoas para o Seu reino, para debaixo do Seu senhorio, para que a oração do Pai nosso seja uma realidade presente neste mundo. Temos a responsabilidade de manifestar o reino de Deus aqui neste lugar. E com tal responsabilidade não cabe a nós condenar, mas resgatar, não expulsar, mas juntar, trazer para perto, acolher.
Seremos capazes de fazer a vontade de Deus, quando somos luz, quando fazemos as obras de Deus, quando revelamos a Sua justiça, as Suas virtudes; pois o nosso papel não é condenar, julgar, mas sim, salvar, resgatar e só faremos isso, se formos capazes de nos aproximar das pessoas, de fazer com que elas tenham praze em estar conosco, quando em nossas palavras e atitudes demonstramos graça e amor.