Paulo escrevendo aos irmãos de Gálatas, fala daqueles que se introduzem no meio dos irmãos trazendo um evangelho que não expressa o verdadeiro reino de Deus apregoado por Jesus e que foi aprendido e ensinado por Paulo. Sobre este evangelho e sobre este tipo de pessoas, ele afirma: “Porém alguns tinham se juntado ao nosso grupo, fazendo de conta que eram irmãos na fé, e queriam circuncidá-lo. Eram homens que tinham entrado para o grupo como espiões a fim de espiar a liberdade que temos por estarmos unidos com Cristo Jesus e para nos tornar escravos de novo. Mas em nenhum momento nós cedemos, pois queríamos que vocês tivessem o verdadeiro evangelho.” (Gálatas 2:4-5, NTLH).
Por que precisamos nos preocupar com as pessoas que querem trazer este evangelho ou conosco quando propomos ações relacionadas a este tipo de evangelho fácil de ser implementado? Mas o que seria este evangelho fácil? Seria o evangelho que fala do que as pessoas querem ouvir e não do que precisam. Fala de regras impostas que afirma às pessoas o que deve e o que não deve fazer. Fala de ações que tem por objetivo animar e trazer as pessoas para eventos e ações, mas que não se preocupa em gerar transformação profunda, renovação de mente.
Precisamos ensinar o evangelho que traduz o reino, que é resultante de um compromisso pessoal com Deus, que fala e transmite a justiça e a vida de Deus, que revela quem é Deus por meio de nossa vida. O evangelho verdadeiro fala de liberdade, mas ensina que embora podendo fazer tudo, nem tudo deve ser feito, pois não convém. Fala de honrar e servir às pessoas, fala de escolher entre os interesses egoístas para defender e agir em favor dos outros para o seu amadurecimento e crescimento. O evangelho do reino fala de compaixão pelas vidas que estão cegas e perdidas e que precisam ver a luz. Fala da libertação do domínio do pecado e do mundo egoísta a que estamos acostumados e que muitas vezes defendemos tenazmente, pois vai contra os nossos interesses. O verdadeiro evangelho, conduz ao amadurecimento, a transformação pela renovação da mente, fala da palavra e somente da palavra de Deus e de Sua vontade.
Ele ensina e nos conduz à semelhança de Cristo, pois compreendemos o propósito de nossa vida e sabemos que, como filhos, temos que ser imitadores Daquele que morreu por nós para nos salvar e nos reconciliar com o Pai. O verdadeiro evangelho nos conduz a rejeitarmos a natureza humana, os desejos pessoais, o pensamento egoísta em nos conduz a agirmos em favor das pessoas, revelando compaixão, ajudando, conduzindo cada um ao conhecimento e a plenitude de Cristo. Nos fala de nos submetermos e ajudarmos uns aos outros, a não fazermos acepção de pessoas, a repartirmos com os menos favorecidos o que temos recebido do Pai.
Este evangelho fala algo mais profundo, fala de compromisso pessoal com o reino de Deus, zelo pelas coisas do reino, e embora livres para fazermos o que desejamos, escolhemos, como o Senhor, a fazer a vontade do Pai.
Como vivermos este evangelho? Conhecendo a vontade do Pai, correndo a carreira proposta, pelo poder do Espírito que nos foi concedido para cumprirmos e vivermos o reino de Deus aqui na terra, para que o Pai seja glorificado por meio de nossas boas obras em favor das pessoas que estão no mundo.