A diferença entre justiça e injustiça

Precisamos enxergar o reino de Deus além de rituais, liturgias, cânticos, pregação sobre a palavra de Deus. Temos que aprender a obedecer, a viver segundo o que está escrito e foi proclamado por Deus em Sua palavra por meio dos Seus apóstolos e profetas. Temos que entender que o reino de Deus transcende locais de culto, reuniões de oração e louvor. Temos que compreender que fomos chamados para sermos agentes da justiça divina. Temos o papel de revelar que é Deus, e fazemos isso por meio das obras que praticamos, por isso, precisamos meditar nas palavras que lemos, como Tiago escreveu: “Portanto, deixem todo costume imoral e toda má conduta. Aceitem com humildade a mensagem que Deus planta no coração de vocês, a qual pode salvá-los. Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática. Porque aquele que ouve a mensagem e não a põe em prática é como uma pessoa que olha no espelho e vê como é. Dá uma boa olhada, depois vai embora e logo esquece a sua aparência. O evangelho é a lei perfeita que dá liberdade às pessoas. Se alguém examina bem essa lei e não a esquece, mas a põe em prática, Deus vai abençoar tudo o que essa pessoa fizer.” (Tiago 1:21-25, NTLH).

Tendo este entendimento, a compreensão que a verdadeira religião está além de práticas e liturgias desenvolvidas em um local, a verdadeira religião se traduz em obras: “Para Deus, o Pai, a religião pura e verdadeira é esta: ajudar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e não se manchar com as coisas más deste mundo.” (Tiago 1:27, NTLH).

Precisamos ter o discernimento que a questão da justiça de Deus, que se revela no repartir com quem não tem, este é um problema de natureza humana que sempre existiu e podemos observar inclusive no velho testamento, onde Ele nos chama a sermos justos e não agentes de injustiça, como está escrito: “— Jeremias, diga aos descendentes do rei Davi, que são a família real de Judá, que escutem aquilo que eu, o Senhor, estou dizendo: “Façam justiça todos os dias. Protejam dos exploradores aqueles que estão sendo explorados. … ” (Jeremias 21:11-12, NTLH), e ele também, falou: “Ai daquele que constrói a sua casa com injustiça e desonestidade, não pagando os salários dos seus vizinhos e fazendo com que trabalhem de graça! Ai daquele que diz: “Vou construir para mim uma casa bem grande, com quartos espaçosos no andar de cima!” Então ele põe janelas na casa, forra as paredes com cedro e pinta de vermelho. Será que você é rei só porque constrói casas forradas de cedro, melhores do que as dos outros? Josias, o seu pai, viveu uma vida normal; sempre foi justo e honesto, e tudo o que ele fez deu certo. Ele tratou com justiça os pobres e os necessitados, e tudo lhe correu bem. Quem faz isso mostra que, de fato, me conhece. Sou eu, o Senhor, quem está falando. Mas você só enxerga os seus interesses egoístas. Você mata os inocentes e explora o seu povo com violência.” (Jeremias 22:13-17, NTLH).

A justiça não está na condenação de quem transgride, mas no exercermos misericórdia, compaixão para com o próximo, e tendo, repartirmos o que de Deus recebemos. Não é pedirmos que Deus supra para os outros como tem nos dado, mas repartirmos o que temos recebido de Deus.

Neste processo de abandonar a prática e ações segundo o coração humano que Deus nos chama para santificarmos o nosso procedimento, e fazermos isso baseado no poder que recebemos, na capacitação recebida, para revelarmos por meio de nossos membros, a justiça e as obras de Deus. Quando fazemos o bem para as pessoas, de fato revelamos que Ele é, revelamos o nosso Deus, manifestamos por meio de nossas ações, o bom perfume de Cristo, ao agirmos como o Senhor, nos apresentamos como cartas vivas, cartas que revelam as virtudes de Deus aos homens. E só fazemos isso, quando praticamos a verdadeira religião, quando santificamos os nossos atos, deixando de ser egoístas e fazemos as obras de Deus, praticamos o bem para com todos os homens.

Ao fazermos o bem estamos praticando atos de justiça, agora, quando voltamos para nós mesmos, quando somos avarentos, egoístas, quando exploramos as pessoas em nosso benefício, quando as usamos para alcançar interesses pessoais, então estamos praticando a injustiça condenada por nosso Deus.