Conhecemos de fato a Deus?

Paulo escrevendo aos Corintios afirma que é para parar de pecar, é para viver uma vida séria e direita, pois a ação reflete o que está no nosso coração: “Não se enganem: “As más companhias estragam os bons costumes.” Comecem de novo a viver uma vida séria e direita e parem de pecar. Para fazer com que vocês fiquem envergonhados, eu digo o seguinte: alguns de vocês não conhecem a Deus.” (1 Coríntios 15:33-34, NTLH)

Podemos achar que somos fortes, que temos o domínio, mas as más companhias podem corromper o bom costume que tenhamos adquirido. A questão da “má companhia” está no fato que a corrupção não vem da noite para o dia, não é uma coisa que ocorre de repente. Mas é um processo que vai minando, cauterizando o nosso pensamento. Coisas que não são admissíveis, passamos a olhar com olhos mais permissíveis, depois, passamos a aceitar, e então, não só aceitamos, como achamos normal praticar. Assim como a água na pedra que de tanto bater, vem a furar, ou mudar a sua forma, assim são os maus costumes na nossa vida.

Da mesma maneira que são os “bons costumes” que devemos praticar para influenciar as outras vidas, assim acontece com “os maus costumes” com relação à nossa vida. Existimos para ser influência, para transformar o mundo, para levar o mundo a conhecer a Deus, para sermos sal e luz neste mundo. Quando deixamos de ser esta influência e passamos a ser influenciados, então o nosso papel já não acontece. Começamos, pelas influências a pecar e a nos afastar dos ensinamentos do Senhor. Passamos a achar que “certas coisas” são aceitáveis, e não conseguimos enxergar que são pecados quando olhamos sob a perspectiva da natureza divina. Passamos, a ser somente pessoas moralistas e religiosas e esquecemos dos fundamentos que norteiam a vida com Deus.

Conhecemos a Deus quando fazemos o que Lhe agrada e não quando falamos daquilo que Ele é. Conhecemos a Deus, quando expressamos pelas nossas ações as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.

Por isso, precisamos parar todos os dias e refletir sobre o que temos feito, com quem temos andado e se estamos sendo influência ou sendo influenciados. Estamos sendo luz, manifestando a luz, ou temos nos esquecido de quem somos, o que recebemos e temos deixado que as “trevas”, as obras de pecado dominem o nosso pensamento nos levando à corrupção, primeiramente da mente, depois de nossos atos?

Podemos pensar que estamos imunes, mas não, somente estamos, quando trazemos todos os nossos atos à luz daquilo que Deus nos fala e julgamos todas as coisas. Por isso, precisamos fazer isso todos os dias para não sermos anestesiados pelo pecado.

Precisamos aprender a rejeitar as obras das trevas. Precisamos fazer morrer a natureza humana, não podemos deixar que o pecado nos domine e que a natureza humana prevaleça sobre a espiritual. Fomos salvos, resgatados das trevas, libertos do domínio do pecado, para vivermos uma vida que agrada a Deus e que glorifica o Seu nome. Fazemos parte de um corpo, nossa vida tem que ser exemplo, modelo para todos, temos que influenciar as pessoas para que vivam uma vida segundo a vontade e o coração do Pai.

Precisamos compreender que somente demonstramos, revelamos ao mundo que conhecemos a Deus quando fazemos o que Lhe é agradável, que reflete o Seu caráter e natureza. E só fazemos o que Lhe agrada quando compreendemos que somos diante do Pai e a obra que realizou em nós, bem como a capacitação que recebemos Dele, para viver a Sua vontade. Conhecemos Deus quando nossas palavras e nossas ações revelam o Deus de graça e misericórdia que afirmamos conhecer.

Não podemos desisitir de nossa carreira, não podemos parar, mas precisamos avançar rumo ao que Deus planejou para que Cristo seja formado em nós, para que revelemos o Senhor por meio de nossas ações. É uma jornada, o processo de Deus nos conduzindo a santificação de nosso procedimento, para que o revelemos ao mundo.