O que precisamos compreender é que não depende do fato de termos muito ou pouco, estarmos alimentados ou famintos, enfrentando lutas ou não, mas, reconhecermos quem somos, nosso papel, o amor de Deus por nós, o Seu desejo de nos conduzir ao aperfeiçoamento, e a nos prepararmos para sermos vasos de honra, prontos e úteis ao nosso Deus, como Paulo escreveu: “Não estou dizendo isso por me sentir abandonado, pois aprendi a estar satisfeito com o que tenho. Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação.” (Filipenses 4:11-13, NTLH).

Não podemos viver por circunstâncias, por momentos que passamos na nossa vida, pelas tribulações, pelas necessidades ou pela abundância. Temos que compreender que estamos muito acima de tudo isso em Deus.

Quando olhamos as situações que nos cercam na perspectiva humana, segundo o pensamento deste mundo, nos veremos em situação de desgraça e podemos achar que somos os mais infelizes dos homens. Mas nós, diante das lutas da vida, diante dos problemas, doenças, perseguições, abundâncias ou falta, não podemos nos deixar guiar por estas coisas como se vivêssemos por elas e delas dependêssemos. Temos que entender tudo na perspectiva de valores eternos. Temos que compreender o nosso papel, nossa função no corpo e no mundo. Temos que entender o porque fomos chamados para o reino de Deus, e principalmente, entendermos quem somos Nele e o que recebemos Dele para viver aqui.

Não podemos ter a nossa vida guiada pelo pensamento do presente século e nem podemos correr atrás das mesmas coisas que as pessoas buscam, pois nós não somos cidadãos deste mundo, somos do reino de Deus, sacerdotes diante do Altíssimo, fomos chamados para cumprir um papel e desempenhar com esmero e zelo a nossa função no corpo de Cristo, como membros uns dos outros.

Temos que compreender que o propósito de nossa vida não está baseada nos valores transitórios desta vida, ou nas posses que temos, mas, nos valores eternos de nosso Deus. Fomos chamados para ser santos, Ele nos fez filhos, nos concedeu do Seu poder, da Sua vida, da Sua natureza por meio do Espírito Santo, para que em tudo fôssemos conduzidos no processo de crescimento, amadurecimento e expressão por meio da nossa vida, a vida do Seu Filho. Temos portanto esta carreira, este alvo, e tudo que nos acontece está em volta deste aspecto. Por isso precisamos amadurecer e a aprender a olhar sob a perspectiva eterna. Temos que revelar Jesus, temos que ser semelhantes a Ele em todas as coisas, para manifestá-Lo e revelá-Lo aos homens, pois somos o sal da terra, somos a luz deste mundo.

Quando olhamos as coisas que nos acontecem, como expressão do amor de Deus, pois sabemos que Ele tem tudo sob o Seu controle, então aprendemos a estar contentes em toda e qualquer situação, sabendo que Ele nos ama e deseja o melhor para nós, e lembrando que nos oferecemos para sermos testemunhas vivas das Suas virtudes, por meio do corpo, neste mundo. Então, compreendemos, que não importa o que está acontecendo ou o que estamos passando, pois tudo tem o propósito de nos levar ao amadurecimento e a revelar o nosso Deus às pessoas que nos cercam, pois entendemos que esta é a vontade do Pai para nós, pois Ele deseja que sejamos como o Seu primongênito, Jesus Cristo.