Muitas vezes pensamos ou assumimos que a nossa luta é contra pessoas e coisas. Atacamos pessoas, mas não pensamentos. Atacamos coisas, mas não destruímos pensamentos capciosos que tem o intuito de enganar e roubar. Precisamos entender quem somos e quais são as nossas armas e como devemos lutar neste mundo.

Sabemos que carne e sangue não herdarão o reino de Deus, sabemos que somos espirituais, fomos salvos, resgatados pelo sangue de Cristo, que nos libertou do domínio do pecado pela graça de Deus por meio da fé em Cristo. Ele nos fez filhos, nos inseriu na família de Deus, somos membros do corpo de Cristo, somos seres espirituais, fazemos parte do reino de Deus, temos o propósito de conduzir todos os homens a Deus, proclamando a libertação e fazemos esta proclamação por meio das nossas ações entre os homens, segundo o andar pelo padrão da natureza divina, sendo Seus imitadores e por palavras que traduzem e explicitam o que proclamamos por ação.

Precisamos entender que lutamos contra uma forma de pensamento humano, um pensamento que está alinhado com o príncipe deste mundo. Temos que entender que todo o pensamento humano está voltado para o egoísmo, o orgulho, a arrogância e cheio de toda malícia e que tem por intuito enganar e gerar ações de subterfúgio que em nada traduz o reino de Deus. Paulo escrevendo sobre este tipo de assunto, em sua segunda carta aos Coríntios, no capítulo dez, nos versos três e quatro, afirma:

“Porque, embora andando na carne (como homens), não militamos segundo a carne (não andamos segundo os padrões humanos). Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas (raciocínio capcioso, com o intuito de enganar)” (2 Coríntios 10:3-4, RA).

Como destruímos sofismas? Como quebramos fortalezas? Quando andamos na força do nosso braço e tentamos destruir por meio do pensamento humano tudo que é contrário à igreja? Não. Isto que Paulo está explicando. Destruímos todo pensamento que se levanta contra Cristo, todas fortalezas erguidas, não por luta segundo o pensamento humano, mas por  meio das que estão cativas em Cristo. Quando em nossas ações agimos segundo os valores eternos, quando revelamos Deus por meio das nossas ações.

Somente temos vitória na nossa jornada em levar todo homem cativo a Cristo, quando deixarmos de agir segundo o pensamento deste mundo, usando armas deste mundo e nos submetermos a Cristo, vivendo e revelando o reino de Deus por meio das nossas vidas. Através dos relacionamentos que desenvolvemos na igreja como membros do corpo de Cristo, manifestando por meio das nossas ações e palavras o bom perfume de Cristo, quando revelamos a carta viva que somos, manifestando o Deus de nossa vida, pois somos os Seus imitadores como filhos amados e seremos vitoriosos no papel que temos que desempenhar.

Somente usando das armas espirituais, segundo os valores de Deus que seremos capazes de revelar o reino e conduzir todo homem, toda mente cativa a Cristo, destruindo, assim, fortalezas e anulando sofismas que não estão alinhados com a realidade do reino de Deus.

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