A nossa religiosidade, o usar da religião para a busca dos interesses próprios, o querer continuar a viver segundo esses interesses e não negarmos a nós mesmos (isto é, a natureza humana), o pensamento egoísta é que nos impede de viver e experimentar a verdadeira vida e a unidade que Deus planejou para os Seus filhos.
A unidade na vida de igreja, a expressão da vontade de Deus por meio dos relacionamentos que desenvolvemos faz parte do pedido de Jesus em Sua oração como podemos ler em João dezessete, nos versículos vinte e vinte e um, como podemos ler: “— Não peço somente por eles, mas também em favor das pessoas que vão crer em mim por meio da mensagem deles. E peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem também estejam unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:20-21, NTLH) .
Mas precisamos entender, como ele colocou logo em seguida em Sua oração, que a base para a unidade não é resultante do esforço pessoal, mas do que Ele compartilhou conosco, do que repartiu, para que a vontade do Pai fosse uma realidade, um fato e não uma utopia, como podemos ler nos versículos vinte e dois e vinte e três: “A natureza divina que tu me deste eu reparti com eles a fim de que possam ser um, assim como tu e eu somos um. Eu estou unido com eles, e tu estás unido comigo, para que eles sejam completamente unidos, a fim de que o mundo saiba que me enviaste e que amas os meus seguidores como também me amas.” (João 17:22-23, NTLH).
O que nos conduz à unidade é a natureza divina que nos foi concedida por meio do Espírito Santo que em nós veio habitar. O Espírito nos concede da autoridade, do poder para vivermos neste mundo como filhos, revelando o reino, para andarmos de modo digno do evangelho para o qual fomos chamados. Não se trata de opção, mas condição básica para revelarmos ao mundo o Deus que conhecemos e que somos Dele e que vivemos para Ele resultante da Sua graça e Seu amor para conosco.
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