Estamos tão equivocados com relação ao reino de Deus e quanto a Sua vontade para as nossas vidas, que queremos nos relacionar e conhecê-Lo sob a nossa perspectiva, achando que Ele tem a obrigação de nos atender em tudo, e quando não somos satisfeitos, ficamos frustrados e não entendemos porque Ele não nos atendeu.
Tiago, em sua carta, no capítulo quatro, do verso um ao três, fala sobre este aspecto, quanto afirma: “De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tiago 4:1-3, BEARA).
Ele responde, do verso quatro ao oito: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós? Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração.” (Tiago 4:4-8, BEARA).
Somos presunçosos quando achamos que Deus tem a obrigação de atender os nossos pedidos, de fazer cumprir os planos e desejos que estabelecemos nos nossos corações. Somos presunçosos, quando pensamos que Ele não está entendendo o que queremos, e em vez de viabilizar o que sonhamos porque é bom, estes planos são frustrados e não ocorrem como desejado.
Quando agimos assim, estamos de fato achando que Deus existe para suprir as nossas necessidades e cumprir os nossos desejos, pois temos sido “bonzinhos” e feito tudo conforme manda o figurino, e não compreendemos porque Ele não faz o que queremos e desejamos.
Esta atitude revela o posicionamento de alguém que quer ser servido, que não está interessado em conhecer a Deus e nem a Sua vontade, são atitudes de filhos mimados, egoístas e que não estão caminhando para a maturidade. Acha que “Deus” existe, mediante o fato de estarmos fazendo o que lhe agrada, logo, Ele teria a obrigação de cumprir e fazer cumprir os nossos desejos.
Até quando viveremos segundo este pensamento? Até quando buscaremos os nossos desejos e planos e não nos submeteremos à vontade do Pai? Até quando não compreenderemos que tudo que ocorre na nossa vida, especialmente as tribulações e lutas (as frustrações dos nossos planos) tem o propósito de nos conduzir à maturidade espiritual e a sermos expressão de nosso Deus neste mundo?
Por meio da tribulação, lutas e frustração de nossos planos, o nosso Deus deseja nos conduzir a maturidade, a sermos expressão do Seu filho, para que andemos neste mundo dignos do Seu reino e revelando a Sua glória, santificando o Seu nome.
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