Precisamos distinguir entre provação e tentação na nossa vida, como compreender a importância de cada uma, bem como a reação que devemos ter com uma e com outra, para podermos amadurecer na fé, rejeitar tudo que procede da natureza humana, e assim, andarmos de modo digno do evangelho de nosso Senhor Jesus.
Tiago, em sua carta, no capítulo um fala destes dois aspectos, do verso dois ao quatro, podemos compreender a importância da provação, das dificuldades, das aflições que possamos enfrentar na nossa vida, como podemos ler: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. ” (Tiago 1:2-4, BEARA).
E ele completa no verso doze: “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” (Tiago 1:12, BEARA).
Quando ele fala da tentação, explica com as seguintes palavras, nos versos quatorze e quinze: “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. ” (Tiago 1:14-15, BEARA).
A provação em nossa vida, não tem origem em nós, são as circunstâncias que enfrentamos, mediante o permitir de Deus, para que possamos amadurecer, mas para vir o amadurecimento, precisamos ser perseverantes no propósito de conhecer, compreender e fazer a Sua vontade. São coisa que nos acontecem que não depende das decisões que tomamos diante dos fatos. Não podemos, diante da provação, cair na tentação de querer “dar um jeitinho”, “achar uma solução” para o problema que foge dos verdadeiros valores segundo o caráter de Deus, como praticar corrupção, enganar, mentir, pois tudo isso não irá traduzir em nossa vida os processos de Deus para o nosso amadurecimento.
A tentação tem origem em nossos desejos, naquilo em que colocamos o nosso coração e está relacionado às coisas deste mundo, ao pensamento segundo a natureza humana. Cobiçamos o que não temos, desejamos o que não é nosso e o alimentamos em nosso coração. Ao alimentarmos, ao invés de rejeitarmos, gera em nós a consumação do pecado, que é a prática de qualquer coisa que seja contrária a natureza de Deus.
Precisamos aprender a rejeitar a tentação quando está na fase de alimentar a cobiça, o desejo no coração de ter ou possuir algo, de querer alguma coisa, como: reconhecimento das pessoas, posição, priorização de coisas e não pessoas, busca de interesses próprios somente, alimentação do egoísmo, sermos orgulhosos e arrogantes, desprezarmos as pessoas e tantas outras atitudes que sabemos que não revelam a natureza divina, conforme ensinado por nosso Senhor Jesus.
Vivermos de modo digno do evangelho, implica em rejeitarmos qualquer desejo que traduza o pensamento humano, suportarmos com perseverança as provações, pois sabemos que o Senhor irá prover o livramento, continuarmos firmes no propósito de sermos semelhantes ao Senhor, revelando-O às pessoas.
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