O nosso entendimento quanto a justificação e com relação à forma de se viver e o que fazer é fundamental. Não se trata de sermos moralistas, de conhecermos ou não as Escrituras, de ter o entendimento do que é determinado, mas a disposição de obedecer ou não ao que prescreve e está expresso na mesma quanto a vontade e o desejo de Deus com relação a uma vida segundo Sua justiça.
O viver como o coração de Deus, submetendo-nos a Sua vontade, tendo sido reconciliados, pela graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus, expressa a verdadeira conversão, o novo nascimento pela obediência ao que é prescrito nas Escrituras. O cumprimento da Lei está no fato de obedecermos e vivermos a vontade de Deus entre os homens, não o mero conhecimento do que ela fala.
A circuncisão do coração, o receber um novo coração, o nascer de novo é fundamental na jornada do cumprir a vontade de Deus, do andar segundo a lei do Senhor, que está prescrita em nossos corações.
Paulo fala sobre isso, em Romanos, no capítulo dois, versos vinte e oito e vinte e nove: “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2:28-29, RAStr).
E tudo isso precisamos nos lembrar que não é uma questão de ter a lei ou não, mas de praticarmos atos de justiça segundo a natureza divina, como está nos versos doze e treze: ” Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados. Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.” (Romanos 2:12-13, RAStr).
Mas um pouco mais, não é só a aparência, não são só os atos, mas a motivação, o segredo contido no coração, pois no dia do julgamento é isto que será manifesto e revelado, como podemos ler no versos dezesseis: ” no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho. ” (Romanos 2:16, RAStr)
Por isso, precisamos lembrar que não se trata de ser moralista e falar o que deve e o que não deve ser feito, como podemos ler em Romanos 2:1-4, de conhecer e apregoar a lei como está em Romanos 2:17-24, ou mesmos de ter a lei ou não como podemos ler em Romanos 2:12-13; mas, a nossa disposição, segundo a natureza de Deus, vivermos e expressarmos a Sua justiça por meio dos nossos atos.
A salvação, a reconciliação com o Criador, o viver na sua presença, resultante do novo nascimento, não está na vocalização de conhecimento, mas na expressão pela motivação de um novo coração recebido de Deus que anda segundo a Sua justiça, manifestando obras que revelam que andamos de modo digno da vocação, revelando a capacitação recebida do Espírito Santo, que derramou abundantemente em nossa vida, da Sua graça, amor e nos conduz na jornada de santificação do procedimento e expressão em tudo da justiça divina diante dos homens.
https://soundcloud.com/caminhar-na-graca/a-expressao-da-justificacao-recebida
Vilman, talvez você esteja confundindo entre Igreja, que foi o que o Senhor Jesus falou, quando afirmou sobre ajuntamento (Eklesia) segundo o que tinha planejado desde o princípio, com “igreja”, também ajuntamento, segundo o pensamento natural. Qualquer ajuntamento de pessoas, no conceito original, é uma “eklesia” e portanto, igreja.
Agora, quando falamos de igreja quando ao significado que encontramos na bíblia, tratado por Jesus, nela encontramos a expressão da vontade de Deus diante dos homens.
Um casamento, pode ser meramente um contrato assinado entre as partes (como requerido pela lei) para assegurar direitos, mas não pode estar alinhado a vontade de Deus. E outra, este contrato você pode assinar ou não. Para assegurar direito a partir do ato consumado, precisa da lei. Não sei se ficou claro este aspecto. Embora, quando duas pessoas se juntem, e mantenham relação conjugal, pratiquem sexo, com o tempo é assegurado o direito para as partes, como se estivesse casado no cartório.
Quando compreendemos o propósito de Deus, quando nos submetemos a vontade Dele, quando reconhecemos a Sua obra salvadora em nosso favor, pela graça, por meio da fé, e nos submetemos a Ele para fazer e viver a Sua vontade, compreendemos o porque testemunhamos perante as pessoas que andam juntas conosco (a igreja) sobre o compromisso que assumimos diante de Deus e dos homens, e afirmamos o compromisso em um cartório, para assegurar as partes e testemunhar diante das leis que temos um compromisso um com o outro.
Espero ter respondido. Agora para mim, não existe casamento se não houver o testemunho diante das pessoas do compromisso assumido, tanto perante a comunidade que ando junto, como perante a lei dos homens.
Vilman, preciso compreender o que exatamente está buscando como resposta. Poderia dar me exemplo de situação? talvez foque neste aspecto.
Uma relação conjugal ela pode ser observada sobre alguns aspectos. como: lega, visão do que fala a bíblia, o que podemos considerar como uma relação marital, etc.
Gosto muito dos seus textos.fale-me sobre uma relação conjugal sem igreja e cartório e comum ?