Precisamos entender que a pregação do evangelho (anunciar em atos e palavras as boas novas do reino de Deus), não é algo que fazemos como resuldo do compromisso com homens, mas, do compromisso pessoal assumido com Deus para revelarmos o Seu reino entre os homens, por compaixão pelas almas que estão perdidas e cegas quanto a realidade espiritual do reino de Deus. Pregar o evangelho não é uma fonte de lucro e nem deve ser realizada para agradar homens ou buscar o seu favor, mas deve, sim, ser um compromisso com o Pai.
Na carta que Paulo escreveu aos Tessalonicenses, no capítulo dois, dos versos três ao seis, ele fala sobre este aspecto, como podemos ler: “Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração. A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha. Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros.” (1 Tessalonicenses 2:3-6, BEARA).
A razão de pregarmos o evangelho, o motivo para desejarmos o crescimento e amadurecimento das pessoas tem que ter como fundamento a compreensão da vontade de Deus, o compromisso pessoal com Ele para honrá-Lo e glorifica-Lo por meio das nossas ações e palavras, e deve ser expresso de maneira a revelarmos o Seu reino segundo o Seu querer e não deve ser realizado segundo intuito ganancioso, não deve ter qualquer desejo de usufruir lucro, não deve ter interesse em busca de favores de homens, mas deve ser feito na confiança que depositamos Nele, na certeza que temos que revelar o Seu reino, viver a Sua vontade, e fazer o Seu nome conhecido.
Não pregamos e nem podemos pregar o evangelho para alcançar benefícios pessoais, embora muitos o façam, mas, deve ser pregado, com base na capacitação recebida do Espírito Santo para vivermos a vontade de Deus, para cumprirmos o Seu querer entre os homens, para manifestarmos as Suas virtudes entre as pessoas, para sermos a luz e o sal que tanto se fazem necessários. Como Jesus disse, devemos buscar o reino de Deus em primeiro lugar e não nos preocuparmos com as pequenas coisas deste mundo, pois Ele sabe do que precisamos, e assim, como alimenta os animais do campo, assim Ele cuida de quem tem o compromisso de revelar o reino neste mundo.
A revelação do reino de Deus não é de alguns, mas de todos os cristãos, pois todos que são imitadores de Cristo têm que ter a compreensão que a sua razão de viver é fazer o reino de Deus conhecido de forma prática entre os homens, e não por meio de palavras vãs. Nosso exemplo, nosso testemunho, o que fazemos entre os homens, como agimos e reagimos diante das pessoas, estas são as nossas obras, é a forma como revelamos os valores do reino ou deste mundo. Não dá para falar uma coisa e viver outra, não dá para falar do amor, compaixão de Deus e querer usufruir lucro usando das pessoas. Não estamos aqui para usar das pessoas para atingir os nossos objetivos, nem os nossos interesses, estamos aqui para servi-las pessoas e sermos abençoadores das vidas, não negociando entre os homens valores eternos, pois o compromisso assumido em revelar o reino foi feito com Deus, não com os homens, pois servimos a Ele, servindo as pessoas e fazendo a Sua vontade conhecida entre todos, como manifestamos de forma visível o Seu reino entre os homens.
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