O amor de Deus pelos homens

Temos que compreender a natureza de Deus, o Seu caráter e o Seu amor pelos homens que independente de ser justo ou injusto, Ele manifesta a Sua graça, abençoa independente de merecimento ou não, de ter recebido o que Ele deu ou não.

No livro de Salmos, no capítulo 104, nos versos quatorze e quinze, podemos ler: “Fazes crescer capim para o gado e verduras e cereais para as pessoas, que assim tiram da terra o seu alimento. Fazes a terra produzir o vinho, que deixa a gente feliz; o azeite, que alegra; e o pão, que dá forças.” (Salmos 104:14-15, NTLH).

O homem pode plantar, regar e colher, mas ele não tem condição de dar o crescimento e de fazer produzir os frutos e sementes para que o ciclo se repita. Podemos irrigar, empenhar, melhorar a qualidade da terra, mas o crescimento é obra de Deus e Ele abençoa a todos os homens, independente de quem sejam, de sua raça, cor, sexo ou preferências. Jesus falou sobre isso e que precisávamos aprender com Deus sobre este aspecto, pois ele concedia a chuva sobre a terra do justo e injusto, mas e nós? O que temos feito? Como temos agido?

Conhecemos a salvação de Deus, compreendemos que Ele nos habilitou, nos concedeu da Sua vida, deu-nos do Espírito Santo, que nos ensina, nos guia e nos capacita para vivermos a vontade de Deus neste mundo, sendo Seus imitadores como filhos amados, recebemos o poder e autoridade para andarmos como Ele e revelarmos as Suas obras.  Mas vivemos desta maneira?

Não temos feito acepção de pessoas? Não temos revelado egoísmo, orgulho? Não temos desprezado o necessitado e humilde como se nada fossem? Não temos retido para nós e nosso prazer bênçãos que recebemos para abençoar? Sejam elas espirituais ou materiais? Deus tem nos abençoado com bens materiais e nós não temos gastado em nossos deleites e prazeres, deixando outros passarem necessidade?

Temos que entender que tendo sido abençoados com toda sorte de bênçãos, não temos mais nada a receber, não somos receptáculos de bênçãos, mas, depósitos para abençoar, para agraciar e repartir com quem nada tem. Somos abençoados com abundância, não para gastarmos conosco mesmo, mas o excesso que temos é para sermos abençoadores dos homens, para revelarmos a justiça de Deus, repartindo com quem não tem.

Temos que compreender a natureza divina, e como representantes de Deus neste mundo,  precisamos agir como Ele perante as pessoas, levando a todos os Seus conhecimentos. Somos e temos a responsabilidade de revela-Lo aos homens, de fazer as Suas obras, de manifestar a Sua natureza. Não estamos aqui para acusar, apontar e sermos os justiceiros divinos, mas, para revelarmos graça, compaixão e misericórdia.

Enquanto não compreendermos e conhecermos a Deus, enquanto não o buscarmos de todo o coração, não viveremos a verdadeira religião que Ele deseja, mas unicamente a religião de homens, como se Ele desejasse receber de nós culto, ou mesmo dele precisasse. Ele não nos abençoa por que prestamos um serviço ou um culto a Ele, mas, porque Ele nos ama ao ponto de se oferecer em nosso favor, para que pudéssemos, por meio da obra de Cristo na cruz, alcançar a reconciliação, o perdão do pecado, e o acesso à Sua presença por meio do sangue vertido que nos purifica e nos apresenta santos, inculpáveis e irrepreensíveis.

https://soundcloud.com/sdt_vigilato/o-amor-de-deus-pelos-homens