Os religiosos na época de Jesus colocaram uma mulher que tinha cometido adultério diante Dele e lhe perguntam sobre a lei de Moisés quanto ao apedrejamento. O fato interessante é que esqueceram de trazer o homem, trouxeram somente a mulher. Mas, comentários a parte, o que fez Jesus diante de tal evento? Lemos em João no capítulo oito, nos versos sete e oito: “Visto que continuavam a interroga-lo, ele se levantou e lhe disse: Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela. Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão.” (João 8:7-8, NVI).
Depois de tal ato, o que acontece? Vão se retirando um a um, começando pelos mais velhos, então o que faz Jesus? Podemos ler nos versos dez e onze: “Então Jesus pôs-se em pé e perguntou-lhe: Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? Ninguém, Senhor, disse ela. Declarou Jesus: Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado.” (João 8:10-11, NVI).
Sempre que lemos sobre esta história não tem como pararmos e pensarmos sobre a nossa atitude. Não agimos de modo semelhante aos religiosos? Não fazemos o mesmo que eles diante do pecado dos outros? Por que é mais fácil condenar? Por que é mais fácil apontar o defeito do outro a agirmos como Jesus?
Quando acusamos,o que estamos querendo de fato é mostrar que os outros são piores do que nós, são mais fracos, são pecadores enquanto nós somos “santos”. Mas, o que está por trás desta atitude é a nossa arrogância, porque achamos que somos melhores. Nós tampamos o sol com a peneira como se fôssemos mais justos, mas no fundo o que não enxergamos é a trave que temos em nossos olhos com relação aos nossos pecados. Como os religiosos, podemos não ser adúlteros, mas podemos ser mentirosos, ou hipócritas, ou fraudadores, ou roubadores. Podemos estar roubando nos impostos, no peso da balança, enganando as pessoas que trabalham conosco, não sendo justos. Normalmente acusamos os outros nos pontos que somos fortes para esconder aqueles itens que somos fracos e tão pecadores.
Precisamos parar com esta hipocrisia religiosa, precisamos aprender a conceder perdão e ajudar o outro e não simplesmente, sermos um dedo apontando e pressionando a ferida do outro, pois ele deseja tanto servir a Deus como nós.
Que possamos compreender o que recebemos de Deus e como devemos viver neste mundo e qual é o nosso papel em ajudarmos uns aos outros, sermos apoio uns para os outros para que possamos cumprir a nossa jornada, não como religiosos hipócritas, mas como expressão de filhos de Deus que devemos ser, agindo à semelhança do Senhor Jesus.
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