Em Marcos, no capítulo 11, no verso 25, temos a condição do perdão recebido, como podemos ler: “E, quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que o Pai celestial perdoe os seus pecados. Mas, se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados.” (Marcos 11:25, NVI).

Por que Jesus falou desta maneira? Por que Deus não nos perdoa, se não perdoarmos?

Temos alguns exemplos de perdão, de pedido para não atribuir o pecado as pessoas, uma é de Estevão quando estava sendo apedrejado e o outro de Jesus, quando crucificado, que pedem para não ser imputado o pecado àquelas pessoas pelo que estavam fazendo. Neles vemos o verdadeiro significado do perdão.

Somente perdoamos, quando compreendemos o perdão que recebemos, quando entendemos que não éramos merecedores e dignos de qualquer coisa da parte de Deus, isto que Jesus queria nos ensinar e que Estevão nos ensinou com o seu exemplo. Não concedemos o perdão quando achamos que somos merecedores de algo, que alguém nos deve alguma coisa, que temos créditos perante as pessoas. Isto, no fundo, quer dizer que nos consideramos bons, dignos de algo e que existe em nós é a arrogância e não a humildade, isto é o reconhecimento que somos miseráveis, completamente vazios de qualquer coisa que possa agradar a Deus. Quando entendemos a dimensão do perdão na perspectiva do recebido de Deus, então somos capazes de perdoar qualquer ofensa que nos tenham feito. Somos capazes de perdoar porque recebemos o Seu perdão, mesmo não merecendo.

Precisamos compreender isso, pois só assim, poderemos estar vazios de nós  mesmos, para não só cumprir a vontade de Deus, sermos Seus instrumentos, como, compreendermos que fomos habilitados para viver neste mundo, pelo poder e autoridade concedidos pelo Espírito Santo, para andarmos como Deus diante das pessoas e que podemos perdoar a todos, independente do mal que possam nos fazer.

E, perdoamos, não para sermos perdoados, mas porque compreendemos que recebemos o perdão de Deus, mesmo não merecendo, e isto muito antes de nascermos.

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