Precisamos parar de deixar ou querermos ser enganados por nós mesmos e por nossa religiosidade, no texto de 1 Samuel, no capítulo 15, no verso 22, podemos ler as palavras de Samuel para Saul, depois da batalha com os Amelequitas, que Saul desobedeceu o que Deus havia determinado, e “achou” que o que estava fazendo era o melhor e não só isto, mas atribuiu a culpa, responsabilidade aos soldados: “Samuel, porém, respondeu: ‘Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. Pois a rebeldia é como pecado da feitiçaria; a arrogância, como o mal da idolatria. Assim como você rejeitou a palavra do Senhor, ele o rejeitou como rei’.”. (1 Samuel 15:22, NVI).
Tendo a consciência que Deus não deseja a nossa religiosidade e nem os nossos cultos que se expressam através de cânticos, de nosso serviço, mas o que Ele quer está além disto, que envolve serviço, que envolve cuidado para com o próximo, que demonstra obediência aos mandamentos de Jesus, mas fica a pergunta: Como fazer o que Deus deseja?
Para fazermos a Sua vontade, para vivermos uma vida de obediência, precisamos estar conscientes: ter o entendimento da nossa situação. Paulo fala claramente na carta aos romanos, capítulo 6, no verso 4: “Portanto, fomos sepultados com ele (Cristo) na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.”. (Romanos 6:4, NVI).
Por isso, a recomendação que ele (Paulo) faz no verso 11, é fundamental: ”Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus.” (Romanos 6:11, NVI).
E no verso 12, ele afirma: “… Não permitam que o pecado continue dominando o corpo mortal de vocês, fazendo que obedeçam aos seus desejos.” (Romanos 6:12, NVI).
Tendo a consciência, o entendimento que morremos com Cristo, e que a expressão desta morte, está no batismo, precisamos fazer o que Deus deseja para cumprirmos, como Igreja do Senhor, o propósito que Ele tem para as nossas vidas neste mundo, como está novos versos 13 e 14, do mesmo capítulo: “Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumento de justiça. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas da debaixo da graça.” (Romanos 6:13-14, NVI).
Mas a condição básica para que ofereçamos a Deus, ofereçamos os membros para realizar a Sua justiça entre os homens (revelar os valores do reino de Deus, as Suas virtudes), temos que compreender o que ele escreveu e que está no verso 18, que diz: “Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça.” (Romanos 6:18, NVI).
Viver o reino de Deus, viver em santidade é uma obrigação natural de quem somos, é a expressão da obra que Deus realizou em nossas vidas, por isso, tendo a consciência que Ele nos libertou do domínio do pecado e que não podemos mais viver como escravos dele, mas, como servos da justiça, precisamos caminhar rumo a santidade, que se traduz no viver uma vida, conforme os valores eternos do reino e não pela nossa natureza humana e pecadora, pois, temos que ter consciência que a vida eterna é o resultado de como expressamos a salvação recebida neste mundo, pois não se trata do que cremos, mas do que fazemos, porque fazemos neste mundo.
As palavras de Paulo, expressas nos versos 22 e 23, são fundamentais neste processo: “Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:22-23, NVI)
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