Atitude para com o pecado

Temos no livro de Juízes, no capítulo 20, no verso 13, o tratamento que Israel, conforme a lei de Moisés, determina para quem cometeu o pecado. Eles pedem aos Benjamitas que entreguem os homens de Gibeá que cometeram tamanho pecado em Israel, abusando e matando a concubina e ameaçaram o homem que pernoitava na cidade.

A resposta dos Benjamitas, foi de não entregar estes homens, como podemos ler: ” Dai-nos, agora, os homens, filhos de Belial, que estão em Gibeá, para que os matemos e tiremos de Israel o mal; porém Benjamim não quis ouvir a voz de seus irmãos, os filhos de Israel.” (Juízes 20:13, RA).

Na lei de Moisés a esta determinação e tratamos das questões da aparência do que vemos e olhamos sempre para o testemunho e para o que os outros estão fazendo, por isso, a lei é clara quanto a remoção do pecado.

Acerca de Jesus, o salmista faz a seguinte declaração: “Amas a justiça e odeias a iniquidade (pecado);  por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu  com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros.” (Salmos 45:7, RA).

Que atitude devemos ter com relação ao pecado? De complacência? De aceitar como algo normal? Como devemos tratar? Expulsar as pessoas do nosso meio?

Ainda olhamos as coisas na perspectiva da lei, não matamos, mas retiramos quem comete o pecado, e fazemos isso, não segundo as palavras de Jesus, mas segundo o conceito do que consideramos pecado grave, mas de fato, quais foram as palavras de Jesus? Qual deveria ser a nossa atitude com o pecado?

Jesus disse que não era para apontarmos o cisco no olho do outro, enquanto tínhamos uma trave no nosso. Quando observamos estas palavras podemos ver que a perspectiva do pecado toma outra dimensão e deve ser observado não externamente, mas em nós. A questão não é o pecado na vida do outro, mas, em nossas vidas, em como reagimos e aceitamos o mesmo em nós.

Não se trata de expulsar do nosso  meio quem é pecador ou quem tem cometido pecado, mas, do quanto permitimos o pecado em nossa vida e somos complacentes com relação a ele. João, em sua carta fala que quem permanece no pecado não viu Deus e nem O conhece. Temos que entender que não se trata de pecar, mas de permanecer na prática do pecado. Quando tomamos consciência do nosso ato de injustiça, do nosso pecado, devemos prontamente rejeitar em nossa vida, pois para os filhos de Deus o pecado é algo inadmissível.

Quando nos purificamos de todo o pecado, quando santificamos os nossos procedimentos, então, manifestamos ao mundo as obras de Deus, pois são obras de justiça que O revelam e assim, pelo exemplo, pelo testemunho, pela admoestação conduzimos as pessoas a rejeitarem o pecado em suas vidas. Precisamos retirar o pecado do nosso meio, mas esta ação tem que começar em nossas vidas, em nós, não nos outros. Não se trata dos outros, mas de nós.

Não estamos discutindo aqui o pecado segundo o grau de severidade, mas incluindo tudo aquilo que seja contrário à natureza de Deus, como: mentira, engano, hipocrisia, falsidade, egoísmo, orgulho, arrogância que estão no mesmo grau de severidade de quem comete o assassinato, o roubo, pedofilia, etc.

Que possamos, não apontar o pecado do outro, mas olhando para nós mesmos, rejeitarmos o pecado que faz parte da nossa vida e nos impede de revelar e manifestar as virtudes de Deus entre os homens, que nos impede de sermos a luz neste mundo, que nos impede de fazer as obras de Deus para que Ele seja glorificado pelos homens.

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