Quando lemos a história de Ananias e Safira no meio da igreja, devemos parar e refletir sobre o que temos feito, nossos posicionamentos e sobre o que falamos. Dependendo do que estamos fazendo, não estamos sendo diferente deles.
Por isso, quando mentimos ao Espírito? Quando fugimos do propósito de Deus e andamos sem temor?
Em Atos dos apóstolos, no capítulo 5, nos versos 3 e 4, podemos ler: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (Atos 5:3-4, RA).
O que acontecia na igreja que levou Ananias e Safira a tomarem esta atitude? Haviam algumas pessoas que estavam pegando parte de suas propriedades, vendendo e trazendo o dinheiro para que pudesse ajudar as pessoas necessitadas. Estas estavam fazendo com liberalidade, como expressão de amor. Não existia o interesse de mostrarem o que estavam fazendo, somente, compreendendo quem eram, o que Deus tinha feito em suas vidas, e vendo irmãos em necessidade, estavam ajudando, repartindo o tinham de abundância. Não era um ato obrigatório, era simplesmente uma expressão de amor.
Mas, Ananias e Safira vendo estas atitudes e não querendo ficar atrás, resolvem fazer a mesma ação. O problema de suas ações estava no que desejam aparentar, no que queriam mostrar. Poderiam ter vendido o terreno e retido a maior parte do valor para eles mesmos que não teria problema algum, mas o venderam e retiveram parte do dinheiro e deram o restante falando que tinham vendido o terreno pelo valor que entregaram.
Por que querer mostrar o que não é? Por que aparentar o que não está sendo? Este é o problema. Este é o problema da religiosidade, da mentira. Quando queremos mostrar o que não somos, quando fazemos as coisas por uma motivação de somente ser visto e elogiado pelos homens, estamos agindo como religiosos e esta atitude não faz parte do reino de Deus e nem dos Seus valores.
Por isso precisamos parar e refletir sobre o que e para quem estamos fazendo e qual é o nosso propósito. Não se trata de fazer, mas a motivação que esteja alinhada com os valores eternos do reino de Deus e a Sua vontade e não na busca da promoção pessoal.
Talvez não exista mais o temor como existia na igreja, nem homens como eram os apóstolos cheios do Espírito, mas precisamos compreender que o Espírito é o mesmo, o Deus é o mesmo, e que portanto, a santificação requerida é a mesma. Precisamos amadurecer, precisamos da ousadia e intrepidez para rejeitar o pensamento do mundo e as atitudes do mundo e vivermos uma vida que esteja alinhada com o temor que é requerido das coisas santas. Nossa vida não é para estar misturada com o profano e nem é para vivermos de forma contrária à natureza divina. Fomos habilitados, capacitados, recebemos o poder e a autoridade do alto para vivermos neste mundo da maneira que agrada a Deus, devemos, então, em todo temor, rejeitar todo o pensamento do mundo para vivermos aqui da forma que O agrada. Não podemos mentir ao Espírito e nem permitir que o espírito do mundo esteja dominando as nossas ações, pois somos propriedade exclusiva de Deus, vasos para a Sua honra e expressão da Sua glória.
https://soundcloud.com/sdt_vigilato/quando-mentimos-ao-espirito