Precisamos parar e refletir, não hoje, não agora, mas sempre, todos os dias sobre o que estamos fazendo e as motivações que nos movem a fazer o que temos feito. No capítulo 23 de Mateus, vemos Jesus se relacionar com os fariseus e mestres da lei, toda uma gama de atitudes que revelam um posicionamento religioso segundo a perspectiva humana e que em nada está relacionado as ações que são esperadas de um cidadão do reino de Deus.
Nos versos 23, podemos ver a questão de nos preocuparmos com o dízimo, com as ofertas, com preceitos, mas nos esquecemos de cumprir a justiça, a misericórdia e a fidelidade perante os homens. Nos versos 25 e 26, uma demonstração de preocupação de limpeza com o que é observável aos olhos, ou seja, mantermos uma aparência de santos, de puros, mas por dentro, a motivação, que é vista por Deus, em nada revela o reino Dele e valores eternos do Criador. Nos versos 27 e 28, é tratado da questão da aparência, de parecer justo, santo diante dos homens, mas por dentro estamos cheios de toda imundície, parecemos justos, mas estamos cheios de hipocrisia e maldade.
Precisamos, portanto, refletir sobre o que nos move, com o que estamos preocupados, as motivações para fazermos as coisas, o porque realizamos determinadas ações, pois se estamos fundamentando a nossa vida em valores segundo o pensamento humano, estamos sendo, como os fariseus e mestres da lei, somente religiosos, impondo regras e estabelecendo condições para que as pessoas façam parte da nossa religião que em nada revela o reino de Deus.
Precisamos entender que não somos merecedores do reino, ele nos é oferecido pela graça de Deus, por meio da fé em Jesus. Diante do nosso reconhecimento de miserabilidade diante dos valores eternos do Criador, que pela obra de Cristo na cruz nos aceita na Sua presença. Não temos outra maneira de viver que não seja na dependência completa do Espírito Santo que nos capacita para vivermos neste mundo segundo a vontade de Deus.
Nossa motivação deve estar no fato de deixarmos que o Espírito nos conduza, reconhecendo que fomos habilitados e capacitados para praticarmos todo ato de justiça, de misericórdia, de compaixão e amor perante os homens, pois fomos transformados, feitos novas criaturas para revelarmos Deus diante dos homens.
Fazemos as coisas não porque somos bons, ou melhores, mas porque reconhecemos o que Deus fez em nossa vida, que nos deu um novo coração, que nos habilitou para vivermos neste mundo segundo o Seu querer, revelando as Suas obras. Não fazemos para sermos recompensados, ou porque merecemos algo, mas simples e unicamente, para manifestar ao mundo as obras de Deus e para que Ele seja glorificado entre os homens.
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