Como encarar as nossas lutas?

Precisamos parar de olhar a nossa realidade baseado no momento presente e nas situações que enfrentamos. Precisamos aprender a confiar e a descansar em Deus, se de fato Ele é o nosso Deus, e confiamos que Ele sabe todas as coisas e que nos conhece como tem o melhor para nós e para o Seu reino.

Se compreendermos a Sua graça, Seu amor, Seu cuidado por nós, não podemos viver sob outra perspectiva que não seja a convicção que tudo que nos acontece, tudo que passamos tem o propósito de, não só cuidar de nós, como também, nos usar para as gerações futuras. Tudo que fazemos, tudo que passamos, tem por objetivo cumprir a vontade e o plano de Deus para a nossa vida e o desempenhar de nosso papel no corpo, como nos forjar para sermos instrumentos úteis e vasos para a honra de Deus.

Podemos não entender ou compreender os motivos, podemos nem ver o resultado do que passamos, mas precisamos aprender a confiar e a ouvir o que Deus nos fala por meio do Seu Espírito nos conduzindo a Sua vontade.

José por uma boa parte da Sua vida pode não ter entendido toda a “desgraça” que lhe sobreveio, até compreender que ele foi enviado a frente do seu povo, foi preparado em toda a tribulação que passou, para poder desempenhar o seu papel na história de sua nação que seria forjada dentro do Egito, como podemos observar suas palavras aos seus irmãos: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.  Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem colheita.  Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento.” (Gênesis 45:5-7, RA).

Se não tivesse ele passado por tudo que passou, se não tivesse sido preparado por meio de toda a tribulação e luta que enfrentou no Egito, de forma alguma estaria pronto para assumir a responsabilidade que foi lhe designada.

Quando olhamos a vida de Paulo, também, não vemos nada diferente, pois as tantas lutas, as tantas prisões tiveram o propósito de nos permitir ter um legado de conhecimento que não teríamos de outra forma que não fosse por meio de suas cartas escritas nas prisões.

Por isso precisamos lembrar quem somos, o que recebemos, de quem somos filhos, o que herdamos, a capacitação recebida, o amor de Deus por nós. Não existe “desgraça” que possa nos sobrevir (mesmo que pareça aos olhos e pensamento deste mundo); pois sabemos do amor de Deus, do Seu cuidado e temos a convicção que Ele cuida de nós, e que, se nos oferecermos para sermos instrumentos para o Seu reino, nos usará para que possamos ser úteis não só a geração presente, mas também para as próximas, por isso, precisamos reconhecer a mão de Deus em tudo que passamos para que nos disponibilizemos para o cumprir da vontade de Dele por meio de nossa vida.

https://soundcloud.com/sdt_vigilato/como-encarar-as-nossas-lutas