A essência do nosso viver em Cristo

Paulo escrevendo a Timóteo, afirma: “Essa ordem está sendo dada a fim de que amemos uns aos outros com um amor que vem de um coração puro, de uma consciência limpa e de uma fé verdadeira. Alguns abandonaram essas coisas e se perderam em discussões inúteis. Eles querem ser mestres da Lei de Deus, mas não entendem nem o que eles mesmos dizem, nem aquilo que falam com tanta certeza.” (1 Timóteo 1:5-7, NTLH).

Ele escreveu isto porque tinham alguns que estavam pervertendo a fé, ensinando e impondo regras baseados na lei, mas o viver do reino de Deus, não depende destas coisas.

Quando estabelecemos regras, colocamos doutrinas, definimos como devem ser as coisas, nós estamos sobrepondo a lei do evangelho, esquecendo o seu fundamento, e determinando condições de como as pessoas devem viver, o que devem fazer e como devem fazer, inclusive, chegamos ao cúmulo do absurdo de definir o que podem vestir, o que não, e tantas outras regras que tem aparência de sabedoria, mas que traduzem somente o pensamento humano.

A lei suprema que deve reger a nossa vida, nossos relacionamentos, o nosso comportamento, deve ser a lei do amor. Amor que procede de um coração puro, de um novo coração que foi concedido por Deus no novo nascimento. Coração que está repleto da vontade, da vida e da natureza de Deus. Estas palavras são as promessas de Deus, precisamos compreender isso, todo o que nasceu de novo, nasceu do Espírito, recebeu de Deus um novo coração, coração segundo a natureza de Deus, mas não só isso, o amor de Deus foi derramado abundantemente em nós pelo Espírito. E devemos aprender a viver segundo este coração, e segundo a esta lei do amor.

Quando nos submetemos a lei do amor que nos foi concedido por Deus, como Paulo escreceu aos romanos, que nela, resumimos e consolidamos toda a lei, pois quem vive segundo a lei do amor, não prejudica, não faz mau ao próximo. Quando vivemos por meio deste coração puro, então, desenvolveremos uma vida, manteremos os nossos relacionamentos, segundo o querer e vontade de Deus, e entenderemos o sermão da montanha como Jesus deseja que compreendamos.

Quando a consciência nos incomoda sobre determinado assunto, ou questão, precisamos, sim, julgar baseado na escritura, nas palavras proferidas por nosso Deus. Tendo o entendimento que ela é a fonte de nosso viver segundo o coração do Pai, então, tudo que é contrário aos princípios e fundamentos nela determinados devem ser abandonados. Mas o conhecimento da palavra trás algo superior que é o conhecimento das promessas de Deus com relação a nós, a quem somos, ao que recebemos. Por isso, como o salmista afirmou sobre a lei do Senhor: ” Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus decretos,  e os seguirei até ao fim.  Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei;  de todo o coração a cumprirei.” (Salmos 119:33-34, RAStr). Quando pedimos o conhecimento, quando pedimos para termos entendimento de Sua palavra, Ele nos guiará a viver segundo estas promessas, segundo o que falou.

Na palavra aprendemos a viver a fé verdadeira, a fé pura, a fé que procede de Deus. Tendo o entendimento de quem SOMOS, e CREMOS em Deus porque Ele falou. Tendo Ele afirmado, nós FAZEMOS, isto é, vivemos segundo o Seu querer, baseado em uma vida que está alinhada com o Seu propósito, guiados pelo conhecimento da Sua palavra, norteados pela lei do amor que procede Dele, para que em nossos atos expressemos toda a verdade do reino e o conhecimento de Deus.

Quando assim vivemos, não temos razão de nortear a nossa vida por preceitos que são doutrinas e imposição de homens que querem ter o controle de como devem ser as coisas, que baseiam a vida na aparência e não na essência do viver com Deus. Precisamos perseverar na doutrina, no conhecimento da vontade de Deus, corrermos a carreira que nos é proposta, rejeitando todo egoísmo, todo pensamento humano, toda a vontade da carne de querer dominar, para que possamos, em tudo, expressar na nossa vida e por meio de nossa vida quem é o Senhor Jesus.

Não abandonemos o amor em favor de regras e aparências que são doutrinas e ensinamentos de homens que podem parecer corretos, mas que se opõem ao verdadeiro evangelho de Jesus Cristo.