O ponto que precisamos refletir em nossa vida é se compreendemos o amor de Deus, Sua vontade e o que planejou para nós. Precisamos compreender o Seu amor, precisamos da constância, da firmeza, que só temos em Criso Jesus para perseverar no cumprir e no viver da vontade do Pai.
Paulo escrevendo aos Tessalonisenses afirma: “Que o Senhor os faça compreender melhor o amor de Deus por vocês e a firmeza que ele, Cristo, dá!” (2 Tessalonicenses 3:5, NTLH)
Entendermos o amor de Deus, compreendermos a Sua graça, o amor revelado na cruz, a Sua justiça cumprida para que pudéssemos ter acesso a todos os tesouros escondidos e vivermos o reino de Deus de forma plena neste mundo sempre foi a Sua vontade e Seu plano estabelecido muito antes da criação do mundo.
Nunca foi e nunca será do interesse de Deus que vivamos uma religião, que nos enchamos de doutrinas, de regras, de pensamento de homens, cercados de crença e valores que estão carregados de aparência. Não é a aparência que importa, mas, um coração transformado que cumpre e vive plenamente a vontade de Deus. Há um rejeitar por parte do Criador de toda religiosidade que Ele expressa desde o antigo testamento como podemos ler em Isaías: “O Senhor diz: “Esse povo ora a mim com a boca e me louva com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A religião que eles praticam não passa de doutrinas e ensinamentos humanos que eles só sabem repetir de cor.” (Isaías 29:13, NTLH).
Qual é a vontade de Deus? Que o conheçamos, que compreendamos a essência dos Seus ensinamentos, daquilo que Ele planejou para nós. Podemos ler e compartilhar do mesmo pensamento do salmista quando afirma, pedindo ao Senhor o entendimento e compreensão da Sua lei: “Abre os meus olhos para que eu possa ver as verdades maravilhosas da tua lei.” (Salmos 119:18, NTLH).
Podemos parar e pensar sobre o que seja a verdadeira religião, aquela que traduz e revela Deus e que não está contida em um momento de nossa vida, nem no culto que celebramos, muito menos nas reuniões que realizamos. Tiago fala da verdadeira religião (Tg 1:27) que traduz em visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações e se guardar incontaminado do mundo. Pedro fala de rejeitar as paixões do mundo e da capacitação recebida como de sermos coparticipantes da natureza divina (2 Ped 1:3-4), e Paulo fala de realizarmos, de cumprirmos a justiça de Deus (2 Co 9:6-15).
Temos que entender, termos os nossos olhos abertos e compreendermos o que significa a vontade de Deus. Pensamos em justiça sob o aspecto de ter nossos direitos preservados, mas para Deus, não se trata disto e sim, de repartirmos, fala de equidade, de distribuir, de ajudar.
Conhecer esta essência da vontade de Deus, quanto ao que é a verdadeira religião, quando ao Seu desejo de nos guardar incontaminado, não nos deixar dominar pela natureza humana, pelo nosso egoísmo e assim, tendo sido, como sempre fomos, repartir com o necessitado, de maneira que não haja desperdício e indolência de um lado e falta de outro, mas para que todos sejam abençoados. Temos que entender que o evangelho não é para nós, não é para recebermos, mas, para darmos, abençoarmos, repartirmoso que temos recebido, seja conhecimento, seja abundância material.
O verdadeiro conhecimento de Deus se revela ao praticarmos as Suas obras, obras de justiça e não está no guardar de preceitos, de doutrinas e ensinamentos de homens. Religião que não executa obras de repartir, de olhar para os outros, de ajudá-los no crescimento, amadurecimento e no suprir de necessidade material, não é a religião de Deus, são coisas de homens.
Na nossa jornada, na caminhada que temos rumo ao nosso destino, quando compreendemos que ser semelhantes a Jesus, implica em realizar as Suas obras, compreenderemos, que é sermos semelhantes a Ele, implica em esvaziar de nós mesmos, abrir mão de nosso egoísmo, e praticarmos as obras da justiça de Deus.