Enquanto não compreendermos quem somos em Deus, o que recebemos, a transformação e libertação recebida, andaremos como escravos do pecado, embora os grilhões que nos dominavam já não existam mais. Fomos feitos filhos, fomos libertos do domínio do pecado, para que abandonemos a natureza humana que se corrompe e nos revistamos da nova natureza, da nova vida que recebemos de Deus, como Paulo escreveu: “Portanto, abandonem a velha natureza de vocês, que fazia com que vocês vivessem uma vida de pecados e que estava sendo destruída pelos seus desejos enganosos. É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovados. Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus, que é parecida com a sua própria natureza e que se mostra na vida verdadeira, a qual é correta e dedicada a ele.” (Efésios 4:22-24, NTLH). E ele afirma: “Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele. Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus!” (Efésios 5:1-2, NTLH).
A renovação acontece na nossa mente e coração quando compreendemos esta verdade fundamental, quando compreendemos que fomos feitos filhos, que recebemos da vida de Deus, que Ele nos habilitou, no novo nascimento, para vivermos conforme Lhe agrada. Recebemos da Sua natureza, da Sua vida, fomos feitos filhos para sermos Seus imitadores.
Como podemos ser imitadores de Deus? Quando abandonamos as práticas e ações da natureza humana, e nos nossos atos nos revestimos das ações e práticas que são inerentes à natureza de Deus que nos foi concedida no novo nascimento, quando Ele nos fez seres espirituais. Somos feitos novas criaturas no novo nascimento, quando nascemos do Espírito. Precisamos compreender isto.
A vida de pecado, a natureza humana pecaminosa foi morta com Cristo, na cruz, não podemos, mais andar segundo os nossos caprichos e desejos, fazendo a vontade da carne e do pensamento humano. Não podemos andar sendo egoístas, orgulhosos, arrogantes, não podemos usar as pessoas para atender os nossos interesses. Não podemos mais viver da mentira, do engano, da hipocrisia. Não podemos mais ser avarentos, nem querer que o mundo viva para atender aos nossos desejos. A concepção de ter que receber, de ser abençoado, de buscar satisfazer a nossa vontade, embora perdure na natureza humana, não podemos nos deixar sermos dominados por ela. Muito menos podemos deixar ser dominados pela ira, pelo desejo de vingança, pelo ódio. Fomos libertos de tudo isso, os grilhões que nos prendiam, e nos levava à submissão do pecado, não mais existem, na cruz foram quebrados para que possamos andar e viver debaixo da graça, livres, para fazer a vontade de Deus.
Como ser imitador de Deus, como nos revestir de Deus? Quando conscientes da nossa liberdade e da obra realizada por Ele em nossa vida, nos capacitando para viver segundo a natureza de filhos que recebemos Dele. Cientes da libertação e da capacitação recebida, podemos rejeitar as obras das trevas, segundo o pensamento humano, e nos sujeitar à Deus, fazendo a Sua vontade. Oferecendo os nossos membros, o nosso corpo, não para o pecado, mas para a vida, para revelar por meio dos nossos membros as obras de Deus. Isto é, falarmos a verdade em amor, sermos cheios de compaixão, misericórdia. Revelarmos graça para com todos os homens, manifestarmos bondade e paciência diante das situações. Sermos mansos, sabendo que Deus tem tudo debaixo do Seu controle e que nada que nos provenha é motivo de punição, condenação, mas expressão do amor do Pai para que sejamos Seus imitadores. Por isso, precisamos nos lembrar que a nossa jornada de santificação, tem um único objetivo que é nos revestir de Deus, da Sua vida, é corrermos a carreira proposta rumo ao nosso destino que é sermos imitadores de Deus como filhos amados. Vistamos portando da natureza de Deus, revelemos a Sua vida nos nossos relacionamentos e na comunhão para com os irmãos.