Paulo, em sua carta aos Corintios, fala de quem era e como vívia entre as pessoas, fala do seu objetivo e propósito de vida, como podemos ler: “Sou um homem livre; não sou escravo de ninguém. Mas eu me fiz escravo de todos a fim de ganhar para Cristo o maior número possível de pessoas. Quando trabalho entre os judeus, vivo como judeu a fim de ganhá-los para Cristo. Não estou debaixo da Lei de Moisés; mas, quando trabalho entre os judeus, vivo como se estivesse debaixo dessa Lei para ganhar os judeus para Cristo. Assim também, quando estou entre os não judeus, vivo fora da Lei de Moisés a fim de ganhar os não judeus para Cristo. Isso não quer dizer que eu não obedeço à lei de Deus, pois estou, de fato, debaixo da lei de Cristo. Quando estou entre os fracos na fé, eu me torno fraco também a fim de ganhá-los para Cristo. Assim eu me torno tudo para todos a fim de poder, de qualquer maneira possível, salvar alguns. Faço tudo isso por causa do evangelho a fim de tomar parte nas suas bênçãos.” (1 Coríntios 9:19-23, NTLH), por esta maneira de viver, por compreender quem era em Cristo, e qual era o seu objetivo de vida, ele afirma: “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. Vivam de tal maneira que não prejudiquem os judeus, nem os não judeus, nem a Igreja de Deus. Façam como eu. Procuro agradar a todos em tudo o que faço, não pensando no meu próprio bem, mas no bem de todos, a fim de que eles possam ser salvos.” (1 Coríntios 10:31-33, NTLH).
Não vivemos neste mundo para prejudicar, para trazer desânimo, nem para enfraquecer as pessoas. Não somos motivos de escândalos. Não estamos neste mundo para revelar e nem para mostrar o quanto somos “livres”, livres de preconceitos, de religiosidade e de falta de entendimento. Nosso objetivo é promover a libertação, a cura, a restauração. Precisamos entender que temos que viver de maneira a não gerar repulsa, mas conduzir o máximo possível no processo de rever e repensar quem são em Cristo Jesus.
Precisamos compreender o que seja a liberdade, o que seja ser imitador de Cristo, o que seja trazer luz e entendimento aos homens. Não importa sexo, cor, raça, pensamento, formação religiosa ou cultural. Precisamos aprender, como Paulo, sermos camaleões no meio das pessoas, para que possamos trazer a liberdade que as pessoas tanto carecem. Não se trata de contestar, de se opor, mas de conduzí-las ao entendimento e compreensão da vontade de Deus. Ser paciente é uma virtude que recebemos de Deus, ser longânimo, também.
Revestir-nos de paciência, esperar com calma, suportar a ignorância, levando questionamentos, conduzindo as pessoas a repensar quem são, o que receberam, a obra que Deus fez. É insistirmos, é não desanimarmos e nem abandonarmos, mas conduzirmos, minando o entendimento equivocado que possuem. E fazemos isso, não opondo de maneira brusca, mas como água em uma pedra, que lentamente vai furando, assim, devemos atuar em favor das vidas que estão equivocadas em sua religiosidade. Devemos jogar palavras, levá-las a repensar o que estão fazendo de maneira que prevaleça a verdade. Não a nossa opinião ou a do outro, mas a verdade do evangelho, da libertação recebida por meio de Cristo.
Devemos neste mundo viver para o Senhor, fazer tudo para Sua gloria, para que as pessoas cheguem à liberdade concedida por Cristo, por meio da cruz.