Unidos no pensamento e intenção

Paulo escrevendo aos Corintios, faz o seguinte apelo: “Irmãos, peço, pela autoridade do nosso Senhor Jesus Cristo, que vocês estejam de acordo no que dizem e que não haja divisões entre vocês. Sejam completamente unidos num só pensamento e numa só intenção.” (1 Coríntios 1:10, NTLH)

Ele escreveu porque esta igreja estava dividida, um se achava de “Paulo”, outro de “Apólo”, e até mesmo tinham os que eram de “Cristo”, revelando nesta ação imaturidade, pensamentos do mundo. Precisamos compreender que os homens, não são os responsáveis pelo ministério, mas Deus. A obra é Dele, cada um de nós somos cooperadores a serviço de Deus para o crescimento e amadurecimento dos membros do corpo. Não somos donos do rebanho de Deus, não temos a primazia sobre o mesmo. Deus nos colocou para providenciar o crescimento e amadurecimento, como Paulo falou: um planta, outro rega, outro colhe, mas o crescimento quem provê é Deus.

Devemos ser unidos em um só pensamento e intenção, isto não quer dizer que deve haver uniformidade, que todos devem pensar a mesma coisa, mas, que no propósito da igreja haja unidade e compromisso com a vontade de Deus. Temos uma vocação, temos um chamado para cumprir e precisamos fazer isto em unidade, pois não é papel de um ou de outro, mas de todos.

Somos filhos, fomos feitos filhos, recebemos da natureza de Deus, da vida de Deus, fomos habilitados para viver segundo a Sua vontade, como filhos revelando a Sua natureza, as Suas virtudes entre os homens, esta é a nossa vocação. Temos que entender a nossa vocação e o nosso chamado, não individualmente, mas sim, na unidade. O nosso chamado é sermos sacerdotes de Deus, sermos uma nação santa, um povo de propriedade exclusiva de Deus, somos embaixadores, reconciliadores dos homens com Deus. Fomos chamados para cumprir isto. Temos que, como igreja, revelar aos homens e a todo poder espiritual o Deus que conhecemos. Temos que reconduzir os homens à Ele. O chamado da igreja é para revelá-Lo e Sua sabedoria, não para viver segundo pensamento e “ministérios” de homens. É fundamental que compreendamos, que cada um, cada membro do corpo tem uma função para promover o crescimento do corpo. Não somos os responsáveis pelo crescimento, mas sim por plantar, por regar e por colher. Somos responsáveis por conduzir uns aos outros ao amadurecimento de maneira que cada um venha a desempenhar o seu papel conforme a vontade do Espírito.

Somos capazes de parar e repensarmos que temos feito? Somos capazes de “remover” as nossas bandeiras? Somos capazes de descer do nosso “ministério” para cumprir o nosso papel no corpo segundo a determinação de Deus? Ou preferimos continuar em construir os nossos “ministérios”, deixar o nosso legado?

Temos incentivado mais a separação entre irmãos que a unidade? Temos incentivado a uma vida imatura que ao amadurecimento? Que obra temos realizado? Será que o que temos feito, ficará sobre o fundamento, ou é palha? Por que não sermos simplesmente uma “igreja cristã”? Será que precisa de mais alguma coisa? Será que este “mais alguma coisa”, faz diferença ou é um impecilho para o crescimento e amadurecimento da igreja? Quando olhamos para frente, para os próximos vinte, cinquenta, cem anos, o que podemos prever? A morte de tudo isso? A morte desta megalomania? O que é importante para Deus e o Seu reino? Do que seremos cobrados, como responsáveis pelo crescimento e amadurecimento do rebanho?