O reto juízo de Deus

Paulo escrevendo aos Tessalonicenses afirma: “a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais,  sinal evidente do reto juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do reino de Deus, pelo qual, com efeito, estais sofrendo;” (2 Tessalonicenses 1:4-5, BEARA) e também, escreve: “Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé,  a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.” (2 Tessalonicenses 1:11-12, BEARA).

Juízo de Deus, a manifestação da Sua justiça, está no fato de em Seu plano eterno, repartir conosco quem Ele é, conceder-nos de Sua natureza e vida, embora não merecêssemos, Ele por Sua graça, através da fé em Jesus Cristo, nos concede a salvação, a reconciliação, concedendo nos tudo que precisamos para viver uma vida que Lhe agrada.

O que precisamos compreender é que o juízo de Deus se revela por meio das tribulações, das perseguições que suportamos, mas como pode ser isso? Punição? Não! O propósito é a nossa edificação, o crescimento, o amadurecimento, a compreensão que precisamos santificar o nosso procedimento. Precisamos compreender que tribulação (problemas, dificuldades, lutas) que passamos não é decorrente de punição por não fazermos o que Deus manda, mas sim, correção, para que possamos aprender a viver segundo o que Ele nos concedeu, conforme Seu plano eterno. Ele deseja o nosso amadurecimento, que sejamos expressão daquilo que Ele é.

Nas lutas e problemas o que podemos ver é o amor de Deus expresso no cuidado por nós, para que aprendamos a ser Seus imitadores.

Deus nos habilita para tornar-nos dignos da vocação chamada. Vocação, segundo o dicionário, significa: ação ou efeito de chamar, de invocar, de denominar-se; convocação feita à alguém para que esta pessoa tome posse daquilo que lhe pertence; tendência ou inclinação natural que direciona alguém para uma profissão específica, para desempenhar determinada função, para um trabalho etc. Precisamos compreender que Deus nos vocacionou para uma função neste mundo, como Seus filhos. Como filhos, fomos feitos sacerdotes, temos o papel de reconciliar os homens com Deus, somos embaixadores do reino. Como represantantes, como filhos, temos que desempenhar o nosso papel segundo Aquele que nos chamou das trevas para a Sua luz.

O Seu propósito é nos capacitar para desempenhar conforme devemos o nosso papel. Por isso, o seu reto juízo se manifesta, por meio das perseguições, tribulações que padecemos, para que sejamos aperfeiçoados e semelhantes ao Seu Filho. O reto juízo se revela na expressão de amor, no Seu desejo de nos fazer e nos conduzir nesta jornada para sermos semelhantes a Jesus, o Senhor.

Quando nos empenhamos nesta jornada, fazendo a vontade de Deus, rejeitando o pensamento do mundo, os desejos naturais humano, em favor da vontade de Deus, cumprimos a Sua vontade e o Senhor Jesus é glorificado por nosso intermédio.

Precisamos enxergar o reto juízo de Deus como expressão de amor de Deus por nós.