Quantas e quantas vezes me coloco como Davi, reconhecendo o tamanho do meu pecado e de quanto, em minhas atitudes, desonro o nome de Deus que sobre mim é invocado. Como Davi, quantas vezes, fiz e faço a sua oração, e quantas ainda terei de fazer, como ele orou?
“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente,e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria. ” (Salmos 51:1-6, BEARA), E além do reconhecimento do pecado, da minha transgressão, ainda pesa o fato, de querer muitas vezes fazer obras para justificar o meu pecado, e posso compreender como Davi sentiu ao afirmar: “Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado;coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus. ” (Salmos 51:16-17, BEARA).
O pecado está sempre a minha porta. A prontidão para negar a natureza de Deus proferindo palavras que não transmitem a graça, amor, compaixão de Deus pelos homens sempre cometo. Ao mesmo tempo que reconheço a minha culpa, aprendo a reconhecer a minha dependência de andar pela graça, de reconhecer que a obra não está completa, que não tenho negado a natureza humana como deveria. Como me arrependo em cada ação, em cada palavra, negar o que é Deus, negar o que Ele fez em minha vida, negar a natureza que Ele concedeu sem qualquer merecimento, sem qualquer obra.
Amadurecer, ser semelhante a Jesus, olhar para o autor da vida, para aquele que é o meu exemplo, modelo a ser seguido. Como preciso manter os olhos fixo no Senhor, correr, esmurrando o corpo, reduzindo a escravidão, para não deixar que o pecado seja o senhor de minha vida, que o que faço, o que falo, o que desejo, precisam expressar a vida de Deus, a salvação recebida, o amor concedido, a graça derramada abundantemente. Qualquer grosseria, qualquer palavra ríspida, qualquer falta de paciência, demontram o quanto tenho desonrado a Deus e o quanto o nego em minhas ações, e demonstro que a expressão de amor, de gratidão não estão presentes, faço isso, por ignorância, por querer defender um ponto de vista, por achar que estou certo e ainda não compreendi o que seja paciência, misericórdia, mansidão e graça revelada por meio de minha vida.
Que o Senhor tenha misericórdia e conceda-me entendimento, discernimento e compreensão para não agir segundo o pensamento humano; mas segundo a sabedoria de Deus, para a glória e louvor do seu nome.
Graças ao bom Deus que o meu pecado é perdoado na cruz, através do sangue do cordeiro que me purifica e me apresenta diante do Pai santo, inculpável e irrepreensível; e isto não é merecimento; mas graça viva revelada a cada um de nós, e principalmente a mim, um pecador.
O meu desejo e minha oração diante do meu Deus e Salvador é que minha vida seja expressão da Sua vida, que seja o bom perfume, carta viva, expressão do Cordeiro de Deus, para que o Senhor seja glorificado e honrado por meu intermédio e que não seja um vaso para a desonra do Seu nome.