Existem algumas coisas que precisamos entender para vivermos a vontade e o querer de Deus para as nossas vidas. Precisamos ter o entendimento do que seja estar em Cristo.
Mas para que tenhamos plena consciência disto precisamos compreender quem nos justifica. O ato de justificar é nos tornar sem culpa. Sabemos, pelo conhecimento dos mandamentos e pela nossa consciência que somos culpados diante de Deus. Carregamos em nossa carne o pecado e por mais entendimento da necessidade de obedecer os mandamentos de Deus, nós, por nós mesmos, não temos tido sucesso nesta área. O nosso ato pecaminoso está sempre nos acusando. Sabemos o que é certo, mas não o fazemos. Temos a consciência do que precisamos fazer, mas não realizamos. O que e quem pode trazer o alívio, a nossa justificação perante Deus? Como ter consciência e a convicção de que os nosso pecados não serão expostos diante de Deus e seremos condenados pelos mesmos?
Neste aspecto que precisamos compreender a justificação que Deus propicia por meio de Jesus. Na cruz, Jesus cumpriu a justiça de Deus. Na cruz ele morreu pelos nossos pecados, para que pelo seu sangue pudéssemos ser justificados, ter a remissão de nossos pecados. Fomos remidos, fomos justificados perante Deus pela morte de Cristo na cruz, e por causa da sua ressurreição, recebemos nova vida. Por isso precisamos compreender que a nossa justificação não depende do que possamos fazer e do quanto podemos ou não cumprir a lei. A nossa justificação é uma ato de graça concedido por Deus aos homens por meio de Cristo Jesus.
Quando estamos em Cristo, ou seja, quando entregamos as nossas vidas a Cristo, nos submetemos a ele e reconhecemos a sua obra redentora por meio da Cruz, nos justificando perante Deus; então conhecemos a vida de Deus, recebemos desta vida, para andar segundo a vontade de Deus, como Paulo escreveu: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” (Romanos 8:1-2). Nos livramos da morte por meio de Cristo Jesus, quando entregamos as nossas vidas a ele, nos submetendo a ele como Senhor e Salvador.
Por isso, precisamos compreender que quem recebeu da vida de Deus por meio do novo nascimento, ou seja, na cruz morremos e ressuscitamos com ele. Nele ressucitamos para vivermos em novidade de vida. Quando nascemos de novo, como Jesus afirmou, em João 3, não podemos, mais viver como víviamos; mas sim, devemos viver em novidade de vida, como novas criaturas, como está na carta escrita por Paulo aos romanos: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Romanos 8:5-8). “Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne.Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (Romanos 8:12-14).
E sabemos que podemos viver segundo o Espírito, andando em novidade de vida, andando segundo o coração de Deus, cumprindo os mandamentos, não porque nos esforçamos; mas porque somos habilitados por Deus para vivermos segundo a sua natureza. Andamos segundo a vontade de Deus porque formos libertos do poder do pecado que nos impedia de andar segundo o coração do Pai. É importante sempre lembrarmos do que Pedro escreveu em sua segunda carta: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo.” (2 Pedro 1:3-4).
Podemos viver segundo o coração de Deus, andando em novidade de vida, andando segundo a vida de Deus, e não nos submetendo ao pecado, fazendo a sua vontade; mas como libertos, pelo precioso sangue de Cristo, revelando, a cada passo, a cada atitude de crescimento e amadurecimento a vida de Deus. Fomos chamados para sermos imitadores de Deus como filhos amados. Não temos, portanto, o que temer; pois em Cristo não há condenação.