Pedro escrevendo em sua carta, afirma o seguinte: “Quando oram a Deus, vocês o chamam de Pai, ele que julga com igualdade as pessoas, de acordo com o que cada uma tem feito. Portanto, durante o resto da vida de vocês aqui na terra tenham respeito a ele. Pois vocês sabem o preço que foi pago para livrá-los da vida inútil que herdaram dos seus antepassados. Esse preço não foi uma coisa que perde o seu valor como o ouro ou a prata. Vocês foram libertados pelo precioso sangue de Cristo, que era como um cordeiro sem defeito nem mancha. Ele foi escolhido por Deus antes da criação do mundo e foi revelado nestes últimos tempos em benefício de vocês.” (1 Pedro 1:17-20, NTLH). Tendo a consciência de filhos, de termos nascido de Deus, de tê-Lo como Pai, então precisamos entender o que Pedro afirmou: “Sejam obedientes a Deus e não deixem que a vida de vocês seja dominada por aqueles desejos que vocês tinham quando ainda eram ignorantes. Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo. Porque as Escrituras Sagradas dizem: “Sejam santos porque eu sou santo.”” (1 Pedro 1:14-16, NTLH).
A santificação, a santidade, não são opções que podemos ou não escolher para nossas vidas. A santificação trata do aspecto de revelarmos quem somos em Deus. Na morte de Cristo na cruz, onde Seu sangue foi derramado, recebemos vida, perdão e reconciliação com Deus. É na cruz que toda justiça de Deus é revelada. É na cruz que somos libertos do domínio do poder do pecado. Tendo sido libertos, tendo sido comprados por alto preço, não temos outra maneira de viver que não seja expressando o amor por Deus, o respeito pelo que Ele é, e como filhos, tendo recebido da Sua vida, temos que andar como Ele é. Somos filhos para revelarmos a vida de nosso Deus.
Somos habilitados, capacitados, recebemos poder pelo Espírito Santo para andarmos neste mundo conforme a Sua vontade, em toda a santidade, expressando por meio de nossos atos a Sua vontade e vida. Tendo este entendimento da salvação, não temos outra maneira de viver que não seja uma vida de santificação para amadurecermos e expressarmos Deus por meio de nossas palavras e ações. Trata-se de uma “obrigação” natural pelo fato de sermos quem somos em Deus.
Precisamos compreender estes aspectos simples e importantes de nossa vida. Não podemos viver como vivíamos, não podemos ter o mesmo pensamento egoísta, orgulhoso e arrogante. Não podemos ser cheios de hipocrisia, muito menos fazer acepção de pessoas. Devemos demonstrar a justiça de Deus entre os homens, buscando a equidade, repartindo com quem precisa. Fazemos as obras de Deus, precisamos entender, não é uma obrigação imposta, realizada somente na aparência, tem que brotar do coração, da consciência de quem somos, da compreensão da obra realizada por Deus e da habilitação recebida.
Respeitar a Deus está no fato de fazermos o bem às pessoas, independente de serem ou não merecedoras deste ato. De repartirmos com quem tem falta, não se trata de esmola, de dar o que sobra, de dar migalhas, mas, de praticar a verdadeira caridade, a verdadeira expressão de amor que Deus revelou por nós, quando deu o Seu filho em nosso favor.
Respeitarmos a Deus está em sermos misericordiosos, demonstrarmos graça, amar as pessoas, serví-las para que cheguem ao conhecimento pleno de nosso Senhor Jesus, quando compreendemos que o nosso propósito de vida, estabelecido em Deus, suplanta os nossos desejos pessoais, por meio da igreja.
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