Quando Paulo escreveu aos romanos falando que somos mais que vencedores por meio de Cristo, isto é, que Nele temos a vitória completa, precisamos olhar o contexto desta afirmação, que ele escreveu, onde afirma: “Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Ninguém! Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas? Quem acusará aqueles que Deus escolheu? Ninguém! Porque o próprio Deus declara que eles não são culpados. Será que alguém poderá condená-los? Ninguém! Pois foi Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem foi ressuscitado e está à direita de Deus. E ele pede a Deus em favor de nós. Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte? Como dizem as Escrituras Sagradas: “Por causa de ti estamos em perigo de morte o dia inteiro; somos tratados como ovelhas que vão para o matadouro.” Em todas essas situações temos a vitória completa por meio daquele que nos amou. Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor.” (Romanos 8:31-39, NTLH).

Precisamos compreender pelos capítulos anteriores, a graça de Deus, a salvação pela graça, que não depende de nossa obediêcia aos mandamentos de Deus para sermos salvos, mas tudo é decorrente da graça Dele que nos salva, por meio da fé em Jesus, e que não somos merecedores, dignos deste ato de bondade e misericórdia, e que além da salvação, Ele compartilha conosco da Sua natureza, nos dá do Seu Espírito, nos habilita para vivermos segundo a Sua vontade, concedendo-nos autoridade (poder) para vivermos da forma que Lhe agrada. Não podemos olhar para as coisas que nos sobrevém sob uma perspectiva limitada, mas temos que considerar o contexto de onde estamos e que recebemos. Precisamos observar as coisas na perspectiva eterna, na necessidade e no desejo do Pai de nos fazer semelhantes ao Seu filho, mas não só isso, e também no Seu desejo de nos usar como vasos para a honra e para a glória do Seu nome.

Compreendendo este contexto, tendo o entendimento do que recebemos, temos que observar que tudo que nos acontece, tudo que passamos, tudo que enfrentamos, todas as nossas lutas, desafios e dores tem um só propósito: o nosso aperfeiçoamento, pois neste está a expressão do amor de Deus para sermos úteis ao Seu reino e para a Sua glória.

Podemos passar fome, ter abundância, padecer perseguição, sofrer doenças, não ter qualquer esperança com relação a este mundo, mas mesmo assim, sabemos que somos mais que vencedores, porque tudo que Deus permite em nossa vida tem o firme propósito de revelar a Sua graça a nós e às pessoas que nos cercam. Não olhamos e nem podemos olhar com base no que vemos ou sentimos, mas, na perspectiva eterna, naquilo que é a promessa de Deus para nós e para os que nos cercam.

Olhemos para o autor da vida, lembrando que tudo que faz é para expressarmos a Sua vida aos homens!!!