Prosperidade do cristão: revendo a perspectiva

Vamos entender uma coisa muito importante e que precisamos compreender: é que Deus não tem problema com riqueza, que não deseja que tenhamos, materialmente, uma vida próspera, que não haja abundância; mas precisamos colocar as primeiras coisas, as coisas importantes em primeiro lugar e a riqueza não pode ser o centro, a prioridade de nossa vida, mas sim, o reino de Deus.

Quando olhamos a vida de Paulo podemos observar a prioridade que ele tinha e como priorizava o reino de Deus. Em sua carta aos filipenses, ele nos conduz a repensar a nossa prioridade, como escreveu: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.  Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;  tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:11-13, RAStr).

O problema não é a riqueza ou pobreza, não é a falta ou fartura, não é ser humilhado ou honrado, não é de abundância ou escassez; mas, como nos enxergamos neste contexto quanto ao reino de Deus. Precisamos entender que não existimos neste mundo para servir estas coisas, não estamos aqui para servir à riqueza, o dinheiro, não estamos aqui para sermos escravos da fome, da necessidade, da escassez. Não podemos ser escravos das circunstâncias. Quando Jesus estava falando de buscar o reino de Deus, servir a Deus, de colocar o reino de Deus em primeiro lugar, Ele falou que não dá para servir a Deus e as riquezas, ou seja, não dá para ter dois senhores em nossas vidas.

Mas a questão é a riqueza? Não! Pode ser a necessidade de reconhecimento, de se sentir alguém, de querer estar acima dos outros, de ser mais importante, de priorizar os estudos, o trabalho, a posição que ocupamos no serviço. Estas coisas, todas elas, sem exceção, e principalmente a riqueza, símbolo de prosperidade para as pessoas, são meios, e devem ser encaradas como meios para realizar o propósito de Deus e para servir a Deus.

Por isso, não se trata da questão de ter ou não ter, mas, de como nos vemos na perspectiva do reino. Somos prósperos na visão do reino e do ensinamento de Jesus? Como vemos a questão da prosperidade de Paulo? Era ele um homem próspero? E como observamos o exemplo de Jesus?

Paulo era um homem que na sua religião e no seu país tinha grandes possibilidades, mas o que ele fez? Abandonou tudo por causa do evangelho, do reino e do chamado que Deus havia designado. Ele não priorizou o que tinha e nem quem era na sociedade de sua época. Isto quer dizer que precisamos abandonar tudo? Não, isto quer dizer que precisamos pensar sobre estas coisas e como as enxergamos na nossas vidas. Elas estão nos escravizando, ou as usamos como meio para cumprir o chamado que temos?

Precisamos entender que no reino de Deus a prioridade são as pessoas, o amadurecimento, o crescimento delas para que haja edificação. Jesus deu o exemplo, quando na ceia, Ele lembrou aos apóstolos que era mestre e senhor, mas estava servindo a mesa e não usufruindo da mesa.

Somos prósperos, como cidadãos do reino de Deus, quando colocamos a nossa vida como oferta a Deus para que Ele a use da forma como quiser, onde quiser de maneira a edificar o corpo e a fazer o Seu reino conhecido entre os homens.