Enquanto não compreendermos quem somos e o nosso papel, enquanto não entendermos nossa origem e a obra de Deus realizada em nós e não nos posicionarmos diante Dele como devemos, não empenharemos em compreender e nem em conhecer a Deus e a Sua vontade, como não desempenharemos o papel que temos neste mundo como vasos para a honra e glória do nome do Pai.
Precisamos entender que fomos salvos, reconciliados com Deus, não para ficarmos deitados em berços esplêndidos, como não estamos aqui para recebermos de Deus tudo que o nosso coração natural, cheio de egoísmo e orgulho, deseja receber para agradar somente aos nossos olhos.
Temos uma responsabilidade, temos uma obrigação natural e um papel a desempenhar como filhos de Deus, tendo recebido da Sua natureza, tendo recebido da vida de Deus, e sido habilitados para vivermos neste mundo segundo a vontade Dele. Recebemos por meio do Espírito Santo, toda autoridade, todo o poder que necessitamos para andarmos neste mundo conforme os valores eternos do Criador. Não temos desculpas e ninguém a culpar e muito menos não podemos atribuir às circunstâncias, mas única e exclusivamente a nós, por não produzirmos o que de nós era esperado.
Temos duas situações que podemos ver nas Escrituras. Uma quando Jesus vai procurar um fruto na figueira e só encontra folhas, como podemos ler em Mateus, capítulo 21, verso 19, que diz: “e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.” (Mateus 21:19, RA).
Temos que entender que nós, como a figueira, não existimos para ter aparência somente, produzir somente folhas, mas fomos chamados para gerar fruto. Isto é, vida gera vida, e só fazemos isso quando compreendemos que dependemos inteiramente de Deus, e que é natural revelarmos por meio de nossa vida o fruto do Espírito, como temos naturalmente a condição de gerar vidas por meio das obras que realizamos.
A outra situação, podemos ler no livro de Números, no capítulo 17, no verso 8, onde podemos observar que de um galho seco e sem vida, houve a geração de folhas, flores e frutos, como podemos ler: “No dia seguinte, Moisés entrou na tenda do Testemunho, e eis que o bordão de Arão, pela casa de Levi, brotara, e, tendo inchado os gomos, produzira flores, e dava amêndoas.” (Números 17:8, RA).
Que lição podemos tirar? Que nós como um galho seco, sem vida, mortos, separados de Deus, Ele pode, pelo Seu poder, Sua autoridade, trazer vida e fazer com que nós possamos gerar vidas. Isto não depende de nós, mas unicamente do Senhor.
Mas temos que entender que somos levados a gerar vida, quando reconhecemos a nossa dependência completa, nossa situação de miserabilidade diante de Deus e de Seus valores. Somente teremos uma vida cheia de frutos para o reino quando reconhecermos que dependemos inteiramente da graça Dele operando em nós, e quando, rejeitamos a nossa própria vida, negamos, e nos submetemos a cruz, lembrando que é um instrumento de morte e que devemos rejeitar todo pensamento e desejo deste mundo, para seguir a Jesus: sermos Seus discípulos e fazer em tudo a Sua vontade.
Quando assim procedermos, então nossa vida será cheia de frutos para o reino de Deus, pois manifestaremos a Sua vida por meio de nossos corpos mortais e nossos membros tendo sido oferecidos como sacrifício vivo, poderemos experimentar em tudo a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
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