Como apresentar diante de todos

Na carta aos Filipenses lemos: “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.  Não andeis ansiosos de coisa alguma;  em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.  E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. ” (Filipenses 4:5-7, BEARA).

Qual a realidade deste cenário? O que isto implica em nossa vida e na vida das pessoas que nos cercam? Que impacto provocamos na vida das pessoas quando fazemos conhecidas diante do Pai as nossas petições, quando confiamos em Sua palavra, quando descansamos diante do Seu trono, não vivendo de forma ansiosa?

Precisamos entender a importância de não andar ansiosos diante das situações que vivemos, pois se confessamos que confiamos em Deus, que sabemos que Ele cuida de todas as coisas, que nos ama, que nos concedeu tudo que precisamos, que não nos deixa faltar nada, então, não temos razão alguma para andarmos ansiosos. A ansiedade transmite insegurança e falta de confiança e conhecimento de Deus.

Mas como podemos não andar ansiosos? Por isso é importante compreendermos quem somos. Se tivermos claro em nossa mente a nossa identidade, a nossa origem, não temos razão para viver com base em expectativas, em ansiedade, com a preocupação do ter de fazer algo para receber ou para ser ou ter. Ele nos prometeu, na reconciliação um novo coração, que as Suas leis seriam escritas em nosso coração e mente. Que nos ensinaria e nos guiaria em Sua vontade, que faria de nós uma nova criatura, que nasceríamos do Espírito. Não só isto, mas quando somos reconciliados, somos feitos filhos de Deus, recebemos da Sua natureza, da Sua vida. Ele nos capacita para vivermos uma vida segundo a Sua vontade. Nas Suas palavras e promessas estão explícitos os fatos que tudo está debaixo do Seu controle e que Ele cuida de nós.

Diante disto, de termos sido feitos filhos de Deus, de termos sido libertos do poder e domínio do pecado, que este não tem mais domínio sobre nós, e que devemos negar a nós mesmos (ou seja, o pensamento deste mundo, rejeitar os valores deste presente século) e andarmos segundo a Sua vontade, pois fomos capacitados. Então, não temos razão e nem devemos alimentar de expectativas para sermos algo. Não precisamos fazer para ser, pois fomos feitos, já recebemos. E por sermos filhos, temos que viver neste mundo, revelando as virtudes Daquele que nos chamou.

Ansiedade, angústia, preocupação com as incertezas, expectativas não fazem parte dos filhos, por isso, não devemos viver ansiosos. Temos preocupação, sim, mas devemos fazer as petições diante do Pai, e confiar que Ele conduz segundo a Sua vontade, realizando o melhor para a nossa vida, e para o bem daqueles que nos cercam.

O reino de Deus, a manifestação do Seu reino, de Sua vontade, o sermos semelhantes a Jesus, em obras e palavras, deve ser a meta de nossa vida, o nosso caminhar e correr, para que possamos revelar o Deus de nossa vida neste mundo, precisamos ser transparentes quanto ao que somos e recebemos. Não podemos viver na hipocrisia do pensamento humano, não podemos andar neste mundo como filhos do mundo e não cidadãos do reino. Somos filhos de Deus, cidadãos do reino de Deus, não para vivermos egoisticamente, cuidando somente dos nossos interesses, mas fomos chamados para revelar o reino, cuidar uns dos outros, conduzir uns aos outros ao crescimento, ao amadurecimento, a semelhança do Senhor, pois é através do tornar santo o procedimento, do correr a carreira proposta, do deixar para trás o que nos impede de revelarmos o reino de Deus, é que fará com que a Sua vontade se realize e concretize neste mundo.

Quando assim agimos, então a paz de Cristo que transcende qualquer entendimento enche o nosso coração e nos conduz em toda a vontade do Pai, levando-nos a revelar quem Ele é.