O forjar de uma pessoa

Talvez não fiquemos sensibilizados, e nem demonstramos compaixão e nem compreendemos o coração de José no Egito. Mas dois anos antes de sair da prisão e se tornar o segundo homem em comando na terra do Egito, estas foram as suas palavras para a pessoa que tinha trazido entendimento e interpretado o sonho: “Porém lembra-te de mim, quando tudo te correr bem; e rogo-te que sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a Faraó, e me faças sair desta casa;  porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e, aqui, nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra. ” (Gênesis 40:14-15).

O copeiro lembrou dele? Intercedeu por ele junto ao farao? Não, somente lembrou dele dois anos depois. O que vemos em suas palavras? A dor de padecer o que não tinha feito? O Seu sofrimento diante da situação sem qualquer culpa. E nós como reagimos diante das situações, diante dos momentos e lutas que padecemos?

Nos desesperamos? Achamos que Deus não se lembra de nós? Compreendemos o processo que estamos passando sem blasfemar ou culpar a Deus?

Temos que entender isto. Precisamos olhar as coisas sob a perspectiva eterna, os valores e o cuidado do Pai com relação a nós. Ele não quer nos punir, mas, nos forjar, nos preparar para o Seu reino, para sermos úteis ao Seu propósito e no realizar da Sua vontade. Tudo que passamos, tudo que padecemos tem o objetivo de nos forjar, nos preparar para o realizar e cumprir do querer do Pai.

A purificação, o processo de limpeza, de remoção de tudo que seja contrário ao querer de Deus em nossa vida, a santificação de nosso procedimento que Ele deseja nos levar é algo que requer sacrifício, luta, perserverança e compreensão de quem somos.

O amor de Deus se revela não na vida boa que levamos, mas, nas lutas e dificuldades que passamos para aprender a confiar e a descansar no Criador. Todas as lutas, todas as provações, todas as dificuldades não tem o intuíto de punição, mas de preparação, de correção, de nos ensinar a andar segundo o coração e a natureza do Pai, e não como o nosso pensamento e coração. Temos que entender quem somos, entender o que Deus fez em nossa vida e onde Ele quer nos levar. Fomos chamados para sermos santos, para proclamarmos as virtudes do Pai que nos chamou no império das trevas. Mas para que isto seja possível, Ele tem que nos forjar a sermos em tudo semelhantes ao Seu filho, por isso, a nossa carreira. Devemos, esmurrando o nosso corpo, não nos submeter ao pecado, olhar para o autor e consumador da nossa fé, certos que a obra que Ele começou vai ser concluída. Temos que perservar rumo a vontade e ao querer do Pai.

Como Paulo escreveu aos romanos, e trasncrito a seguir: ” Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.   Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” (Romanos 8:1-2). ” Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne.  Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.  Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.  Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção,  baseados no qual clamamos: Aba, Pai.  O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.  Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus  e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. ” (Romanos 8:12-17). ” Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” (Romanos 8:18). ” Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,  daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28). ” Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?  Aquele que não poupou  o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?  Quem intentará acusação contra os eleitos  de Deus? É Deus quem os justifica.  Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus  e também intercede por nós.  Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?  Como está escrito:  Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.  Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Romanos 8:31-37).

Que possamos aprender a olhar a nossa situação e os nossos problemas não com olhos humanos e nem com a perspectiva humana, mas com os olhos de que podem ver o eterno, que podemos enxergar o invisível, e nos alegrar por sabermos do amor de Deus e do cuidado Dele nos preparando para sermos úteis ao Seu reino e a Sua glória.