Enquanto acharmos que adoração é contemplação, é somente o cantar, o proclamar as verdades sobre o nosso Deus, não experimentaremos e nem seremos os verdadeiros adoradores que agradam o Pai, como Paulo escreveu aos romanos: “Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Romanos 12:1-2, NTLH).
Temos que entender, juntar as coisas que lemos, o conhecimento que temos, e transformar isto, pela graça de Deus, em ação nas nossas vidas que traduza a verdadeira adoração ao Pai.
Tendo o entendimento que temos uma carreira, que o nosso objetivo é a semelhança com Jesus, o corrermos rumo ao nosso alvo, deixando para trás as coisas deste mundo: o pensamento, a corrupção e os desejos que alimentam a nossa carne. Abandonar o que não faz parte da natureza divina, rejeitar o pensamento humano, orgulho, arrogância, egoísmo e tantas outras caracteristicas diferentes da que recebemos como seres espirituais, nascidos do Espírito, para sermos semelhantes a Jesus.
Tendo sido capacitados, habilitados para viver segundo a vontade do Pai, revelando a Sua natureza neste mundo, e compreendendo que serví-Lo é servir as pessoas, devemos ter atitudes que revelam a natureza de Deus, o fruto do Espírito, nos relacionamentos com as pessoas. Adoramos a Deus, somos agradáveis a Ele, quando, rejeitamos toda atitude e pensamento humano, e realizamos a Sua obra, ou seja, quando fazemos o que Ele faz, quando nos nossos relacionamentos manifestamos o caráter de Deus aos homens. Quando manifestamos compaixão, amor, misericórdia, graça, quando somos pacientes, bondosos, longânimos, quando revelamos mansidão, perdoamos, sendo capazes de abrir mão de nosso pensamento, nossa liberdade para que o outro amadureça, cresça e possa ser semelhante a Jesus, quando não somos egoístas, quando não usamos as pessoas para atender aos nossos interesses, quando somos capazes de repartir para suprir a necessidade do outro, de maneira que não haja falta. Quando oramos para quem nos persegue, quando ajudamos quem nos odeia.
Tendo este entendimento não podemos praticar uma adoração religiosa, mas precisamos nos transformar pela renovação da mente, saindo de um estilo de adoração contemplativa, teórica para atitudes e ações práticas que refletem e revelam Deus por intermédio de nossa vida, expressando a verdadeira honra, glória e adoração a Deus, pois sujeitamos nossa vida à vontade do Pai.
Precisamos compreender que a verdadeira adoração é o resultado de nossa jornada, nossa caminhada, cumprirmos a carreira proposta, abandonando o pecado que tenazmente nos assedia, nos prende, e mantemos os olhos fixos no Senhor, no Seu exemplo, rejeitando tudo que procede na natureza humana, ou seja, santificando o nosso procedimento para que o Deus, o nosso Deus se revele em nós, alcançando as vidas que estão ao nosso redor, transmitindo, por meio de nossas ações, graça, misericórdia, amor, bondade, compaixão, justiça. Sendo pacientes e longânimos com todos.