Abraão recebeu a promessa de Deus que dele faria uma grande nação. Quando foi chamado para abandonar a sua parentela e ir para uma terra que lhe seria mostrada e que pertenceria aos seus descendentes, tinha ele a idade de 75 anos. Mas o início da promessa não foi cumprido antes de vinte e cinco anos, como podemos ler: “Então, se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu, e disse consigo: A um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará à luz Sara com seus noventa anos?” (Gênesis 17:17, BEARA).
Um ano antes do nascimento de Isaque, herdeiro da promessa, Deus fala de Sua promessa para Abraão e Sara novamente: ” Abraão e Sara eram já velhos, avançados em idade; e a Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres. Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer? Disse o Senhor a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Será verdade que darei ainda à luz, sendo velha? Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho.” (Gênesis 18:11-14, BEARA).
Assim que Deus cumpre a Sua promessa a Abraão sobre o herdeiro (um ano depois), então em seguida Deus determina que Isaque seja oferecido como um sacrifício. Tudo isso parece loucura e insanidade, mas o que Abraão faz? Obedece de imediato, não questiona, não duvida, pois ele sabia de forma clara que Deus seria capaz de ressuscitá-lo.
Como encaramos as promessas de Deus para a nossa vida, no realizar do Seu propósito, no cumprir do Seu plano? A dimensão tempo para nós é muito restrita, como a própria palavra afirma: somos como neblina, como a brisa, como o orvalho da manhã. Diante da eternidade, nosso tempo neste corpo, neste mundo é insignificativo, é como um sopro de fato.
Agora precisamos olhar as promessas de Deus e agir como de fato são em nossa vida uma realidade, devemos nos empenhar, para sermos encontrados fiéis, para que nossa vida expresse em tudo a vontade de Deus. Precisamos entender que somos filhos, que recebemos um novo coração, que temos, como fundamento viver em novidade de vida, sujeitos a Cristo, submissos e dependentes do Criador. Precisamos entender que tudo que temos, que somos e fazemos só podem se concretizar na graça de Deus, sujeitos à Sua vontade, submissos ao Seu governo.
O nosso tempo, a nossa vida, quando recebemos um novo coração que procede do Criador, quando recebemos a vida eterna, pertencem total e exclusivamente a Ele para realizar todo o Seu querer.
Ele é quem opera em nós, Ele que realiza a construção da igreja, somos e temos que nos ver somente como instrumentos para realizar e levar os objetivos e a vontade de Deus expressa por meio de nós.
Fomos chamados para sermos santos, expressão das virtudes de Deus, fomos habilitados, capacitados para andar e viver segundo o coração Daquele que nos libertou do império das trevas. Estamos aqui para revelar, conforme a Sua vontade, o Seu reino, Suas virtudes, para proclamarmos entre os homens a vida e o querer do Senhor.
Ser vitorioso não é “não enfrentarmos” lutas, não é “não termos” problemas, não é “não padecermos” dificuldades, mas, olharmos tudo isto sob a perspectiva e propósito do Pai e tempo Dele, certos que a obra é Dele, que Nele somos vitoriosos, que a glória pertence a Ele.
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