Quantos de nós pais, ou pretendentes a pai gostaríamos de ter um filho como o filho pródigo? Se pensarmos sobre a perspectiva humana, talvez, ninguém, mas gostaria de ter um filho como aquele que ficou. Se olharmos na perspectiva eterna, o filho pródigo é o filho que todos desejaríamos, pois ele deu certo, nele houve a transformação de entendimento.
Em Lucas, no capítulo quinze, do verso dezessete ao dezenove, podemos ler sobre a transformação do entendimento: “Caindo em si, ele pensou: “Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.’ ”” (Lucas 15:17-19, NTLHE).
Tendo esbanjado e gasto tudo que o pai havia lhe dado como herança e já vivendo em miserável condição, ele reconhece o seu estado, se arrepende e volta para o seu pai, sabendo que não merecia ser chamado de filho.
O pai o recebe como filho e comemora com alegria a sua volta, já o outro filho, vendo tudo aquilo, se sente ofendido, magoado e cheio de orgulho, achando que o outro não merecia o que o pai havia feito por ele. O que ficou, embora sendo prestativo e se empenhando em agradar ao pai, tinha o orgulho, não era misericordioso e nem teve compaixão de seu irmão.
Um erra, arrepende e volta, o outro, não consegue perdoar o irmão e o receber, o pai, imita o Criador e recebe o filho arrependido. O que precisamos entender? Precisamos compreender que nem se trata de sermos religiosos, mas, do que fazemos e como agimos diante das pessoas no que tange a revelar as virtudes de Deus e não condená-las diante de suas mazelas. Jesus foi condenado por andar com os pecadores e publicanos, pois sabia que eles precisavam de cura, diferente dos religiosos que os desprezavam e rejeitavam estas pessoas.
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Sim meu amigo, pura verdade. Por isso somos chamados cristãos – seguidores. Aqueles que, de modo imperfeito, carregam o espírito de Cristo e que, nesse caminhar, procuram deixá-lo moldar nosso entendimento – como fizeram Paulo e Pedro – como disse. Abraços
Sim, concordo plenamente contigo. É uma jornada. E depende muito do aspecto das nossas lutas e dificuldade que enfrentamos. Graças ao bom Deus que a Sua misericórdia e Sua graça infinita nos conduz nesta jornada de crescimento e amadurecimento sem desistir de nós. Ele é sempre o Pai que nos conduz, nos corrige e nos ensina. Precisamos, como Paulo afirma na carta aos Efésios, sermos Seus imitadores. Compreendo tudo isso a luz do que fala nos evangelhos e cartas, principalmente, nas cartas aos Romanos e Efésios, sobre quem somos, o que recebemos de Deus e o nosso papel neste mundo. A convicção do que não vemos, mas a confiança na palavra do que Deus falou é que nos assegura vivermos neste mundo da maneira que agrada ao Pai.
Mas não é uma questão de perfeição, mas de entendermos a natureza de Deus, a Sua vontade, pois como Davi, sendo um homem tão pecador era uma pessoa segundo o coração do Pai. É nisto que está o segredo de vivermos neste mundo revelando o reino.
Que o Senhor nos conceda sabedoria, conhecimento e compreensão da Sua vontade para andarmos como filhos neste mundo, revelando as Suas virtudes (como Pedro escreveu em sua primeira carta).
A mudança de entendimento é mesmo um processo, para alguns pode durar poucas horas, outros um dia, e para outros pode durar anos. O que mais me angustia nessa parábola é saber que para a maioria a coisa mais defícil é se colocar no lugar do pai. Abraços