Não podemos andar segundo o pensamento natural e dissociar a vida de Deus que nos é concedida por meio do Espírito, que nos une com Ele. Não podemos andar segundo a concepção de que o lugar da presença de Deus é em um templo e que nós não somos este templo, esta casa, a Sua morada.

Em Salmos oitenta e quatro podemos ler que o salmista tinha prazer em estar no templo (templo de Salomão), pois ali era o lugar da presença de Deus, mas nós aprendemos com Jesus, como já lemos anteriormente que estamos Nele, e que quem nos recebe, recebe a Ele e quem recebe a Ele, recebe o Pai.

Podemos ler no capítulo quatorze de João, nos versículos onze e doze, quando Ele fala com Felipe sobre a questão de que quem O via, também via o Pai, assim deve ser conosco, pois que nos vê, deve ver o Senhor que nos enviou, que diz: “Creiam no que lhes digo: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Se vocês não creem por causa das minhas palavras, creiam pelo menos por causa das coisas que eu faço. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê em mim fará as coisas que eu faço e até maiores do que estas, pois eu vou para o meu Pai.” (João 14:11-12, NTLH).

O que revela que estamos em Deus e que Ele está em nós, que fez em nós morada, que somos o Seu templo, que O conhecemos, não são as nossas palavras, mas as obras que realizamos, pois elas têm que testificar Dele e que estamos Nele.

Temos que andar de modo digno do evangelho e vivermos fazendo as obras de justiça que Ele determinou para todos os que estão Nele e precisamos compreender que temos o propósito de revelar as Suas virtudes entre os homens. Não estamos e nem vivemos neste mundo para sermos religiosos, mas única e exclusivamente, para que, como Jesus, O revelemos por meio das ações e relacionamentos que desenvolvemos.

https://soundcloud.com/caminhar-na-graca/entre-o-templo-fisico-e-o-que-somos