Por não associarmos no nosso dia a dia a realidade do reino de Deus, acabamos nos esquecendo de quem somos e o nosso papel neste mundo, e assim, ao invés de agirmos como Jesus, acabamos tendo um posicionamento de tratar as diferenças entre as pessoas como fez a mulher samaritana.
No evangelho de João, no capítulo quatro, nos versículos oito e nove podemos ver um tipo de atitude que temos muitas vezes e precisamos evitar no nosso dia a dia: “Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?” (João 4:8-9, BEARA).
Compreendemos que o objetivo da igreja, o seu propósito é propagar o reino de Deus no mundo, falando Dele aos homens, mas esquecemos que somos Seus filhos, que somos membros de uma família, que somos parte uns dos outros, e que O proclamamos, não pelo que falamos, mas, pela maneira como agimos, pois nos esquecemos que é o nosso papel como corpo, revelar por meio da comunhão, as virtudes de Deus entre os homens.
Ao invés de adotarmos atitudes de Jesu,s de procurar as pessoas, nós agimos como a mulher samaritana, que se afasta, que não lida com as diferenças e que procura sempre trazer à tona estas diferenças. Esta atitude se revela quando chega um estranho em nosso meio, onde não o recebemos com amabilidade, mas o excluímos, ignoramos. Ou, na forma como tratamos as pessoas só porque tem idade diferente da nossa, porque pensamos que não compreendem a realidade como nós e nos esquecemos que é o nosso papel construir pontes com as gerações diferentes. Ou, na forma como tratamos pessoas de “classe social” diferente da nossa e não as recebemos como pessoas em nosso meio.
Assim como estas atitudes, temos muitas outras, que negam o que professamos, por isso, precisamos rever o que temos e como temos feito e entender o que significa viver de modo digno do evangelho, pois fomos chamados à maturidade e sermos semelhantes a Jesus, não a continuarmos a viver segundo um pensamento natural, humano e demoníaco.
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