Temos o entendimento com relação à salvação pela graça, que fomos feitos filhos, que recebemos da vida de Deus, que fazemos parte da igreja, que somos membros da Sua família, que o nosso papel é proclamar o reino em todo lugar, falamos Dele, do Seu reino, Sua vontade, cantamos louvores, mas ao mesmo tempo, somos capazes de falar mal uns dos outros, até mesmo sem embasamento, revelando pelo nosso comportamento tudo que não é bom.
Precisamos compreender quem somos de fato e lembrar as palavras que Tiago escreveu em sua carta, no capítulo três, do verso nove ao doze, que diz: “Com ela (a língua), bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce. ” (Tiago 3:9-12, BEARA).
O que precisamos compreender com relação a essas coisas? Que atitude devemos ter? Como agir revelando de fato quem somos?
Enquanto não tivermos a nossa consciência transformada, o entendimento de que recebemos da natureza de Deus, que somos filhos, coparticipantes desta natureza, que recebemos da Sua vida, que temos tudo que precisamos para viver como O agrada, que recebemos tudo, que fomos abençoados com toda sorte de bênçãos, que estamos neste mundo para agirmos como Ele perante os homens, para sermos Seus imitadores, não vivermos como estamos, continuando a separar Deus da nossa vida, da nossa religiosidade e revelaremos o quanto estamos imaturos.
Sendo quem somos, tendo recebido o que recebemos, compreendendo que somos morada de Deus, não podemos proferir palavras que não O revelam. Quando falamos mal uns dos outros, estamos de fato, revelando imaturidade, falta de amor, ausência de compaixão, pois não compreendemos a situação do outro, e não agimos, com misericórdia e longanimidade com o outro, revelando de fato, que não entendemos que somos santos, filhos de Deus, e que temos em tudo e de toda forma que revela-Lo.
Quando entendermos que somos templos, morada de Deus, começaremos a compreender que não podemos fazer qualquer coisa que seja que traduza uma atitude contrária à do Criador. Nós O desonramos quando agimos de forma diferente da natureza que recebemos Dele.
Não pode sair de nossa boca qualquer palavra que não traduza bênção e louvor ao nome de Deus, por isso, antes de proferirmos qualquer palavra que seja, devemos pensar e repensar o que vamos falar, para que não sejamos instrumentos do Diabo, revelando a quem temos submetido as nossas vidas.
Precisamos aprender a viver de modo digno da vocação que recebemos, revelando o reino e realizando obras que glorificam, exaltam e santificam o nome de nosso Deus e Pai.
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